O presidente do Tribunal do Estado da Cidade do Vaticano Giuseppe Dalla Torre leu na tarde desta quinta-feira (07/07) a sentença do processo iniciado no final de novembro de 2015 por apropriação e divulgação ilícita de documentos reservados, o chamado Vatileaks 2:
Duas condenações para Mons. Lucio Angel Vallejo Balda e Francesca Immacolata Chaouqui, mas somente por alguns delitos. Ademais, para Chaouqui a pena foi suspensa. Absolvidos os dois jornalistas Gianluigi Nuzzi e Emiliano Fittipaldi, absolvido Nicola Maio “pelo fato delituoso não subsistir”. Essa, em extrema síntese, a sentença do processo Vatileaks 2.
Em particular para os dois jornalistas o Tribunal “declarou não ter jurisdição” vez que os fatos contestados ocorreram fora da jurisdição do mesmo, ou seja, em território não vaticano, ademais, os dois não exercem ofícios no Vaticano.
Mons. Vallejo Balda foi condenado a 18 meses de reclusão e Francesca Chaouqui a 10 meses de reclusão, mas no caso dela a pena foi suspensa por um período de cinco anos em relação aos delitos ligados com a apropriação e difusão de documentos.
Ressalta-se ainda que os imputados Mons. Vallejo Balda e Chaouqui foram absolvidos do delito de associação criminosa “pelo fato não ter sido cometido”. Absolvição plena para Nicola Maio, ex-colaborador de Mons. Vallejo Balda.
“Mons. Vallejo Balda permanece em situação de semiliberdade: não pode sair do Vaticano, mas pode comunicar. Isto, à espera de entender se será ou não apresentado um apelo”, lê-se, ainda, na sentença.
Em relação a Nuzzi e Fittipaldi, o Tribunal recordou que o direito divino assegura na ordem jurídica vaticana a manifestação do pensamento e a liberdade de imprensa.
Fonte: Rádio Vaticano