Tu não estás longe do reino de Deus

    Celebramos neste domingo, o 31º Domingo do Tempo Comum, sendo que daqui a três semanas celebraremos a Solenidade de Jesus Cristo Rei do Universo, e, nessa semana, encerraremos esse ano litúrgico, dando início a um novo ano com o início do tempo do Advento.

    Durante esse Tempo Comum, acompanhamos Jesus em sua vida pública, ensinando e curando a todos, mostrando o rosto amoroso e misericordioso de Deus. Jesus percorre toda a Judéia, até entrar em Jerusalém e ser aclamado como Rei do Universo.

    Encerramos o mês de outubro, que é o mês do Rosário e o mês das Missões. Que possamos ter em nós o espírito missionário, não somente no mês de outubro, mas durante todos os meses do ano. E ainda, que possamos ter o Santo Rosário em nossas mãos e sempre rezá-lo para o nosso bem espiritual e do mundo inteiro.

    Na próxima terça-feira, celebraremos o Dia do Finados, que na Igreja chama-se comemoração de todos os fiéis defuntos. Lembremo-nos de todos os fiéis defuntos e de nossos familiares e amigos que já partiram e estão com Deus. Principalmente, aqueles que morreram vítimas da Covid-19. E que essa pandemia cesse o mais breve possível!

    Estimulados pela liturgia desse domingo, possamos amar a Deus e servir aos nossos irmãos de todo o coração. Estendamos as mãos para aqueles que mais precisam e que a Eucaristia nos estimule a partilhar o pão com aqueles que pouco ou nada têm.

    A Primeira Leitura (Dt 6, 2-6) do livro do Deuteronômio que é o livro da Lei e Moisés se dirige ao povo de Israel dizendo aquilo que está contido nas tábuas da Lei. Dentre as leis que o povo tinha que seguir, Moisés destaca duas: “Amar a Deus de todo o coração” e, como desdobramento desse amor a Deus, deve-se amar o próximo. Jesus, no Novo Testamento, dá um novo sentido a esses mandamentos, ele não altera, mas dá a eles um pleno cumprimento.

    O Salmo Responsorial é o 17 (18) e o salmista diz que somente Deus é o seu rochedo e abrigo. É somente N’Ele que encontramos segurança e não devemos buscar refúgio em nenhum outro a não ser N’Ele.

    Na Segunda Leitura (Hb 7, 23 -28) temos um Sumo Sacerdote eminente que intercede por nós no céu, Jesus Cristo. Ele entrou uma vez por todas na eternidade e nos abriu o caminho, para que assim como ele, após a nossa morte, entremos de uma vez por todas na eternidade. Ele não precisa de substituto após a sua morte, como os outros sumos sacerdotes precisaram, pois ele é eterno e a sua Palavra permanecerá para sempre.

    No Evangelho (Mc 12, 28b – 34) um mestre da lei se aproxima de Jesus e lhe pergunta: “Qual é o primeiro de todos os mandamentos”. Na verdade, ele queria por Jesus a prova, pois por ser um mestre da Lei, sabia muito bem qual era o primeiro mandamento. Moisés havia deixado lá atrás, como ouvimos na Primeira Leitura de hoje.

    Jesus lhes responde que o primeiro mandamento é que: “Deus é o único Senhor e todos devem amá-lo de todo o coração, com toda a alma, com todo o entendimento e com toda a força” (Mc 12,30). Jesus ainda complementa, dizendo que o segundo mandamento é semelhante a esse: “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Mc 12,31). Jesus ainda diz que não existe outro mandamento maior que estes.

    O mestre da lei concorda com Jesus e diz que de fato não há outros mandamentos maiores que esses. Jesus, ao perceber que ele havia respondido com sabedoria e inteligência, lhe diz: “Tu não estás longe do Reino de Deus” (Mc 28,34). A partir desse momento, ninguém mais tinha coragem de fazer perguntas a Jesus.

    Jesus quis dizer ao mestre da lei que não adianta apenas falar que ama a Deus e menosprezar o próximo. Esse amor a Deus não deve ser da boca para fora, mas deve-se transformar em gesto concreto, desdobrando-se no amor ao próximo.

    O povo judeu da época de Jesus, sobretudo, os fariseus e doutores da lei, tinham o costume de apenas colocar “fardos” pesados nas costas do povo, ou seja, impunham “leis” e costumes para que o povo seguisse, mas eles mesmos não seguiam. Jesus pregava a inclusão, enquanto eles pregavam a exclusão.

    Amemos a Deus de todo o coração e como desdobramento desse amor a Deus, amemos o nosso próximo. Dessa forma, adentraremos no reino de Deus. Devemos construir o reino de Deus aqui na terra, para possuí-lo de maneira plena na eternidade.

    Agradecemos a Deus pelo mês missionário que estamos terminando. Peçamos a graça de sermos sempre anunciadores da Boa Nova do Reino de Deus. Evangelizar é preciso! Evangelizar é levar todos os homens e mulheres para Cristo. Tudo isto é possível porque a felicidade do Reino está ao nosso alcance quando nossa profissão de fé em Deus se traduz no amor a Deus e ao nosso próximo.

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