De forma radical, não manter relacionamentos e nenhuma forma de negócios com tais indivíduos.
O preguiçoso
O preguiçoso se acomoda, é oportunista, mentiroso, faz de vítima e usa subterfúgios para obter bens alheios. Avesso ao trabalho, de modo que lhe é conveniente direcionar a sua vida a fins que não envolvam maiores esforços. O preguiçoso dissimula seu vício e tem desculpas para tudo!
A preguiça de trabalhar, a preguiça intelectual e a preguiça espiritual tem a função de aprisionar o indivíduo de forma escravocrata e criminosa. Ela causa danos cruéis para o preguiçoso e quem se relaciona com ele. O preguiçoso é pessimista, demasiadamente negativo, infeliz, pobre e miserável.
O crítico
O crítico contumaz sofre uma exacerbada necessidade de criticar, falar demais, difamar, desprestigiar, humilhar, menosprezar e ignorar as virtudes, o sacrifício do sucesso e os valores da dignidade da pessoa humana. Ele é sugador de energia, desmotivador, tóxico, causa confusão, dúvida e insegurança nos outros.
O crítico se acha sabedor de tudo! Tem resposta para tudo e se mete em tudo! Devido a sua soberba, não aceita ser contrariado, não aceita o diálogo e não aceita de maneira nenhuma seus erros. É inseguro, causa incômodo, gera muito mal-estar e muita incompatibilidade com quem convive. A falta de autoestima e a necessidade de sentir-se importante torna-se pernóstico, chato, antipático e inimigo.
O idólatra,
O idólatra adora a si mesmo e muitos objetos de seus desejos cultuais. Ele usa as pessoas como seus escravos adoradores. Ele é egocêntrico, materialista, ganancioso extremado por dinheiro e faz qualquer coisa para saciar a sua idolatria. Ele usa a religião, o conhecimento, o título acadêmico, a profissão e o dinheiro para celebrar a si mesmo como divindade acima de tudo e de todos. Essa celebração segue o ritual da luxúria, da humilhação do outro como desejo de prazer, agressão física, psicológica e pode chegar até a morte como ápice sacrificial de antropofagia. Essa morte acontece primeiro no sentido moral, emocional e a física lentamente ou brutal, dependendo do surto e da intensidade que a vítima se relaciona com ele. Se relacionar com esse tipo de indivíduo o tamanho do sofrimento é incalculável! Nele não há sentimento de culpa, daí contém traços da psicopatia.
De certa forma, esses três indivíduos padecem do misoneísmo, da anosognosia e da psicastenia.
Misoneísmo é aversão, repulsa a tudo o que é novo ou contém novidade; O mesmo que neofobia. Repúdio tudo àquilo que representa mudança, transformação. Do grego miso, “aversão”, “ódio” + néos, “novo”, “ódio as coisas novas”.
O indivíduo misoneísta tem aversão, repulsa a tudo o que é novo ou contém novidade. Repúdio tudo àquilo que representa renovação, motivação e criatividade.
A anosognosia se caracteriza pela falta de consciência sobre a própria doença, o que pode levar o paciente a não reconhecer suas limitações ou a apresentar comportamentos inadequados. É um estado neurológico caracterizado pela incapacidade de não reconhecer a sua própria doença.
Psicastenia é uma neurose caracterizada por queda do nível de tensão psicológica, fazendo o paciente ter depressões, obsessões, compulsões, perda do sentido da realidade e perda gradual da personalidade. Caracteriza-se também por esgotamento nervoso, com traços de fadiga mental, impotência diante do esforço, inquietude, tristeza.
Refletir:
Não ter consciência de ser preguiçoso, crítico, idólatra, doente, pernóstico, falador, mentiroso, boçal, indelicado; não reconhecer seu pedantismo e seus atos ridículos, significa não buscar tratamento e viver patologicamente problemático e maléfico para com o próximo. Tendo conhecimento de tais indivíduos, a máxima é: nenhum relacionamento com eles!
Dr. A. Inácio José do Vale
Psicanalista Clínico, PhD
Capacitado em Psicologia Clínica
Professor e trabalha Clinicando na Comunidade de Ação Pastoral – CAP
Membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise Contemporânea/RJ.