A última força que morre é a esperança. Perdê-la significa conformar-se com a derrota, com um presente e um futuro sem sentido. Mas a força da esperança está na confiança que temos em Deus e na atualidade concreta do Espírito Santo. Tendo voltado ao Pai, no dia da Ascensão, Jesus prometeu e enviou o Paráclito, o Espírito Santo da verdade para animar os cristãos numa história de transformação.
Vivemos novos tempos, numa cultura rica de possibilidades, mas também de crises, até de expurgo institucional que, certamente, vai trazer frutos positivos. Em tudo, não podemos perder a dimensão do Espírito de Deus como iluminador dos meios que ocasionam um mundo diferente, que consegue harmonizar as diversidades e acertar as arestas na governabilidade.
As fragilidades e dúvidas de hoje, que causam medo e sintoma de hostilidade, devem ser superadas com a presença de Cristo Ressuscitado. Sua presença se faz visível quando as pessoas colocam confiança Nele. O medo gera desconfiança, faz a pessoa ver Cristo como um fantasma e não como libertador. Mas Ele caminha com aqueles que O têm como Deus da vida plena.
As injustiças, as guerras e violências são faltas de paz, ou não reconhecimento da presença daquele que é capaz de realizar a paz verdadeira. É não ter ciência do sopro fecundo do Espírito, provocando uma nova geração. Pentecostes constitui a efusão do Espírito de Cristo Ressuscitado e fonte genuína de dinamismo cristão.
Celebramos a Festa da Unidade e Comunhão entre as pessoas, principalmente entre os cristãos, da convergência de forças para construir verdadeiras comunidades. No Espírito Santo não existem fronteiras, limites e barreiras intransponíveis, sejam religiosas ou nacionais. Ele conduz as pessoas até aos extremos da misericórdia, fazendo a humanidade um só povo em Cristo.
A concorrência desleal não faz bem às pessoas. Ela facilita a desonestidade e a exploração, seja no aspecto cultural, econômico ou político. É mais saudável a prática da doação, da gratuidade, da acolhida e da comunhão. O Espírito de Pentecostes não propaga exclusão, mas distribui perdão que vem de Deus.