Mateus Lino – Cidade do Vaticano
Após sua morte em 2007, começaram a surgir os rumores da santidade do padre Léo. Dez anos depois, em 2017 o processo foi autorizado pelo bispo da Arquidiocese de Florianópolis – SC, dom Wilson Tadeu Jönk. No Brasil, o responsável pela causa é o padre Lúcio Tardivo, presidente do Instituto Pe Léo. “Primeiramente a fama de santidade veio do povo, depois começamos o processo”, disse o sacerdote.
De acordo com o presidente da comunidade, padre Vicente de Paula Neto, todos já estavam se preparando para o processo de beatificação, guardando todos os pertences e objetos que eram de padre Léo.
Em 2007, logo após a missa de corpo presente, monsenhor Jonas Abib, que presidiu a cerimônia, disse que ele foi um “diamante lapidado”. A partir daquele momento, a comunidade passou a receber pedidos de oração e graças pela sua intercessão, e comenta pe. Vicente: “como quem faz o santo é o povo passamos a olhar com mais atenção”.
Mas, o que levou a comunidade a juntar os papéis para o processo de beatificação?
O primeiro motivo foi uma entrevista no Programa Tenda do Senhor, que o Padre Vicente apresentava substituindo o pe. Léo. Neste programa, foi entrevistada a irmã. Célia Cadorim, que foi uma das postuladoras da causa de Beatificação e posterior Canonização de Santa Paulina. “Na ocasião, ela com muita propriedade disse que deveríamos recolher tudo o que pudéssemos do pe. Léo e guardássemos com cuidado, pois o sacerdote logo teria sua causa aberta e ela não tinha dúvidas nenhuma disso”, afirmou o padre. Depois desse momento passaram a recolher e arquivar tudo sobre a vida de pe. Léo.
O outro fato importante, refere-se a uma graça alcançada por uma família, onde uma menina acometida de septocemia (infecção no corpo, seja por bactérias, fungos ou vírus), teve uma parada respiratória de aproximadamente de 45 minutos, e logo depois ficou milagrosamente curada. A família atribuiu a cura à intercessão do pe. Léo.
O acontecimento fez a comunidade perceber que era um caminho sem volta e uma questão de tempo para buscar os meios para abertura do processo de beatificação. “Os pedidos de oração e de graças, e o retorno de graças alcançadas só aumentaram desde então. Sem contar a força de conversão e vida espiritual em torno das pregações e legado deixado pelo pe. Léo”, ressalta o presidente da comunidade.
No Brasil, é nítido ver que a Igreja está ansiosa pela beatificação do padre Léo. Elinton Costa, padre da Comunidade, disse que se percebe a ansiedade dos fiéis brasileiros por meio dos testemunhos das pessoas que entram em contato com eles.
Servo de Deus
Padre Léo já foi declarado Servo de Deus, assim, em março será aberto oficialmente o seu Processo de Beatificação, sob a responsabilidade do arcebispo da Arquidiocese de Florianópolis dom Wilson.
Naquele dia, será instaurado um tribunal histórico-teológico que se analisará a sua vida e biografia, com o objetivo de confirmar as virtudes heróicas do futuro venerável, e posteriormente com a análise dos possíveis milagres para declará-lo Beato.
Com 27 livros escritos e pregações voltadas para a cura interior, pe. Léo realizou seu ministério sacerdotal através de programas na TV Canção Nova. A abertura do processo de beatificação ocorrerá no dia 7 de março na sede da Comunidade Bethânia, em São João Batista, Santa Catarina, às 16h.