A Igreja do Rio Grande do Sul, regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realiza há 21 anos um trabalho de cooperação com o continente africano, sobretudo na ação evangelizadora. Com o propósito de seguir com a missão, o bispo da diocese de Osório (RS) e referencial para Ação Missionária e Cooperação Intereclesial do regional Sul 3, dom Jaime Pedro Kohl, viajou na segunda-feira, 27, para Moçambique, país no sudeste da África, local que o regional promove o projeto Igrejas Solidárias. O bispo ficará no país até 9 de agosto.
Segundo dom Jaime, o projeto nasceu com o objetivo de enviar missionários, sejam eles padres, religiosos, religiosas ou leigos, que se dispõem a ajudar na caminhada da Igreja moçambicana, que passava por um momento de reconstrução após a guerra civil. “O trabalho pastoral vai acompanhado também de um olhar atento para iniciativas de caráter humano e educacional no local onde a equipe missionária atua. São projetos como abertura de poços, constituição de associações para a organização da vida em comunidade, auxílio no campo da nutrição, como suplemento alimentar, entre outros. No momento, o projeto que está em evidência na sede da missão é socioeducativo, uma pequena biblioteca”, explicou.
O bispo ressaltou também a necessidade do protagonismo da missão diária, que envolve família e comunidade. “A Igreja é missionária por natureza. Esse convite a ser Igreja em saída, não é só para a missão além-fronteiras. Não podemos esperar que as pessoas venham até nós, mas sim ter essa compreensão de que nós, como comunidades cristãs, devemos ir ao encontro das pessoas, onde elas estão. Que as pessoas que se afastaram da comunidade possam ser alvo do nosso amor, da nossa atenção, do nosso carinho, da nossa ação evangelizadora e solidária dentro da nossa comunidade, paróquia e diocese”, frisou.
É necessário que cada um assuma a responsabilidade de evangelizar para fazer chegar a mensagem de amor de Jesus Cristo, acredita dom Jaime. “Aquele ‘ide e anunciai a todos os povos’ é feito a todos os discípulos de Jesus. Que esse sentimento possa crescer dentro de todos nós, essa partilha do dom recebido. E o maior dom, como diz o Documento de Aparecida, é ter conhecido Jesus. Que a nossa maior alegria seja poder tornar Jesus presente e conhecido para as pessoas que nós encontramos no nosso caminho. Um coração que ama é um coração que se doa, que se abre para aqueles que esperam pela nossa participação em suas vidas. Que Deus abençoe a todos nós”, conclui.
Fonte: CNBB