SOLENIDADE DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO, APÓSTOLOS

    “Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. Agora está reservada para mim a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos que esperam com amor a sua manifestação gloriosa”. (2Tm 4, 7 – 8).

             Hoje, 28 de junho, é omitido o XIII Domingo do Tempo Comum, para anteciparmos, liturgicamente, a Solenidade de São Pedro e São Paulo, Apóstolos. A importância desta Solenidade é devido às suas conversões e dedicações de vida no anúncio da Palavra de Deus e a Igreja nos primeiro benefícios da fé.

             São Pedro, primeiro Papa da Igreja, a qual foi confiado a missão de apascentar as ovelhas de Jesus, teve, tal missão dada após a tríplice negação do Apóstolo na Via Dolorosa de seu Mestre. No diálogo, Jesus, pergunta três vezes, “Simão, filho de João, tu me amas?” (cf. Jo 21, 16) e, São Pedro responde: “Sim, tu sabes tudo; tudo sabes que eu te amo” (cf. Jo 21, 17). Ora, possa ser confuso as três vezes que Jesus questiona sobre a mesma pergunta, mas precisamos nos desdobrar no diálogo original, as palavras em grego: Ágape e Fileo: Ágape, amor sacrificial, amor que se doa, se entrega sem reservas ao ponto de morrer por amor; Fileo, amor de amizade, amor com restrições. Ou seja, as duas primeiras perguntas, Jesus usa o termo Ágape, e São Pedro responde Fileo. Na terceira vez, Jesus já não usa o termo Ágape¸ mas sim Fileo, pois Cristo entende da limitação do amor de Pedro que, ainda, naquele momento onde a Igreja começava a iniciar a sua missão, ainda sua fé era pequena. Porém Jesus não desiste, usa da “fé de grão de mostarda” deste Apóstolo para enviar à frente da Sua Igreja, afinal, o próprio Deus usa dos lábios de Pedro para anunciar: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (cf. Mt 16, 13b) e Cristo reconhece o desejo do Pai e declara: “Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16, 18 – 19). Por isto, São Pedro é simbolizado pelas chaves nas mãos. E, também, não podemos deixar de mencionar o amor Ágape que São Pedro sofrera a seu Mestre Jesus, onde foi crucificado, porém ele pediu para ser crucificado de cabeça para baixo por não se achar digno de morrer como o seu Mestre.

             São Paulo, após a sua conversão – a qual celebramos no dia 25 de janeiro – seguiu fielmente a missão em que Deus o chamou. Percorreu várias terras propagando a Palavra da Boa Nova, revelando Jesus Cristo aos povos (anterior a conversão, Paulo perseguia àqueles que declaravam a fé Jesus, o Nazareno). Sua missão levou a fé no Filho de Deus entre os pagãos, a qual foi importante, até mesmo para São Pedro em retirar a ideia de que os cristãos de origem judaica deveria ter um atenção especial que os cristão de origem pagã. Após sua prisão, São Paulo escreve diversas cartas as comunidades e seus companheiros que vivera a missão ao seu lado. E, também, Paulo vivencia o seu amor Ágape ao Cristo, onde na Carta a Timóteo, ele se despende com um das mais bonitas expressões de sentimento dedica a Deus: “Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. Agora está reservada para mim a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos que esperam com amor a sua manifestação gloriosa. Mas o Senhor esteve a meu lado e me deu forças; ele fez com que a mensagem fosse anunciada por mim integralmente, e ouvida por todas as nações; e eu fui libertado da boca do leão. O Senhor me libertará de todo mal e me salvará para o seu Reino celeste.

    A ele a glória, pelos séculos dos séculos! Amém.”  (2Tm 4, 7 – 8; 17 – 18).

             Em suma, “O Senhor reconheceu em Pedro o intendente fiel, a quem confiou as chaves do Reino, e em Paulo um mestre qualificado, que encarregou de ensinar na Igreja. Para prometer aos que foram formados por Paulo que encontrariam a salvação, era preciso que Pedro os acolhesse para lhes dar repouso. Quando Paulo tiver aberto os corações com a sua pregação, Pedro abrirá às almas o Reino dos Céus. Assim, pois, também Paulo recebeu de Cristo uma espécie de chave, a chave da ciência, que permite abrir em profundidade os corações endurecidos para a fé, para em seguida trazer à superfície, por uma revelação espiritual, aquilo que se encontrava escondido no interior. Trata-se de uma chave que deixa escapar da consciência a confissão do pecado e que nela encerra para sempre a graça do mistério do Salvador. Ambos receberam, pois, chaves das mãos do Senhor; um deles recebeu a chave da ciência, o outro a chave do poder; este dispensa as riquezas da imortalidade, aquele distribui os tesouros da sabedoria. Porque há tesouros do conhecimento, como está escrito: «O mistério de Deus, isto é, Cristo, no Qual estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência» (Col 2,2-3).” (Texto de São Máximo de Turim. Cf.: https://ideeanunciai.wordpress.com/tag/sao-pedro-e-sao-paulo/

    São Pedro e São Paulo, rogai por nós!

    Saudações em Cristo!   

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