“A nova evangelização para a transmissão da fé cristã” é o título da próxima Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, programada para realizar-se no Vaticano de 7 a 28 de outubro deste ano. O esboço do Instrumentum laboris (Instrumento de trabalho) do Sínodo foi objeto de exame nos dias passados, durante a reunião do 12º Conselho Ordinário da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos.
Como transmitir o Evangelho, quando tantos hoje lhe são indiferentes? A “crise da fé” atual é, portanto, também uma “crise de transmissão” da própria fé.
Em torno disso desenvolveu-se a discussão dos cardeais e prelados que participaram da reunião, no Vaticano, da Secretaria Geral do Sínodo, presidida por seu responsável, o Arcebispo Nikola Eteroviæ.
Realizado às vésperas do recente Consistório, a reunião sinodal teve lugar no dia 16 de fevereiro e o que mais chamou a atenção informa uma nota oficial foram as partes do esboço do Instrumentum laboris relacionadas à “identidade dos destinatários da nova evangelização” e à identidade do cristão na sua relação com o Evangelho” e com Cristo, isto é, “o próprio Evangelho”.
Analisando os problemas ligados à transmissão da fé, os participantes da reunião reconheceram “a infecundidade da evangelização atual”, inclusive “na presença de certas influências” da cultura contemporânea “que tornam a transmissão da fé particularmente difícil, e representam, ao mesmo tempo, um desafio para os cristãos e para a Igreja”.
Desafio que contempla, sobretudo, a família, definida como “lugar originário da transmissão da fé”, e a catequese “feita nas instituições eclesiais, sobretudo, mediante a liturgia com os Sacramentos e a homilia, ou mesmo dando espaço às missões paroquiais, à piedade popular, aos movimentos e às comunidades eclesiais”.
A nota se conclui olhando com confiança para o Ano da Fé. “Será escrevem os membros da Secretaria do Sínodo uma ocasião propícia para aprofundar o dom da fé recebido do Senhor para vivê-lo e transmiti-lo aos outros.”