O último mês do ano é tomado por muitas atividades como: a preparação da festa de Natal e as comemorações de Fim de Ano. Glória ou decepção dos resultados das notas dos filhos na escola, vários tipos de mudanças, viagem, trocas, reparos, contas para pagar, insatisfação por não ter realizado o que foi planejado para o ano que termina, formulação da agenda, esquematização, articulação e preocupação de projetos para o próximo ano, reuniões, assembleia chatas e cansativas, e para fechar o ano com mais tarefas, com ou sem dor de cabeça: a visita da sogra, do cunhado, parentes e amigos desempregados com seus animais de estimação e muita despesa na alimentação!
Uma pesquisa feita pela ISMA-BR (International Stress Management Association), associação internacional que estuda o estresse e suas formas de prevenção, confirmou o que já percebemos na prática. O estudo feito com 678 pessoas, de 25 a 55 anos (homens e mulheres, economicamente ativos), mostrou que 80% delas têm seu nível de estresse maior no final do ano. “As causas disso passam pela sobrecarga de trabalho neste período, trânsito, solidão no período das festas e até pelos gastos adicionais com presentes e viagens”, explica Ana Maria Rossi, presidente da ISMA-BR (International Stress Management Association).
Muitas atividades resultam em sintomas físicos, comportamentais e emocionais, como insônia e problemas gástricos; aumento da irritação, angústia, ansiedade, depressão e compulsão por comida, outras compulsões e outros graves desequilíbrios.
É nessa época que as extravagâncias também acontecem na mesa, o que pode ser por demais catastróficos para quem tem diabetes, hipertensão, arritmia, depressão, estado emocional abalado e conflitos afetivos. Com as crises mais exacerbadas – no mesmo dia sentimos alegria ou tristeza por conta de fatos que aconteceram ao longo dos anos -, a mistura perigosa entre um cardápio cheio de sal e gordura com bebidas alcoólicas e outros ingredientes lícitos ou não se torna uma bomba relógio para quem sofre desses males, uma situação que recebeu até nome pelos americanos: “Holiday Heart Syndrome” (síndrome de fim de ano).
Diz a sentença latina: “Lis litem génerat” – “Uma demanda gera outra”. Isso significa que: “As muitas atividades geram desconfortos, prejuízos, perturbações e doenças”. Daí outra sentença: “Confido et conquiésco”, ou seja, “confio e descanso”. Com planejamento e sabedoria, tenho confiança nos resultados e o descanso garantido todos os fins de ano! Terminar o ano de forma serena, articulada, com qualidade de vida, ou seja, saúde física, emocional e mental. Há pela frente um novo ano que vamos desfrutá-lo com alegria de novos conhecimentos científicos, da tecnologia e com muita saúde, paz, felicidade e prosperidade!
Sem a Síndrome de Fim de Ano, e sim, com fé em Deus, com espiritualidade, qualidade de vida, agenda organizada e a confiança na Providência Divina. Na alegria do Ano Novo, na harmonia da Vida Nova, na amizade com melodia, no bem-estar com terapia e no amor com poesia!
Prof. Dr. Inácio José do Vale, Psicanalista Clínico, PhD.
Trabalha Clinicando na Comunidade de Ação Pastoral – CAP
Especialista em Psicologia Clínica pela Faculdade Dom Alberto-RS.
Especialista em Psicologia da Saúde pela Faculdade de Administração, Ciências e Educação-MG.
Doutorado em Psicanálise Clínica pela Escola de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise Contemporânea. Rio de Janeiro-RJ. Cadastrada na Organização das Nações Unidas – (ONU).
Autor do livro Terapia Psicanalítica: Demolindo a Ansiedade, a Depressão e a Posse da Saúde Física e Psicológica