Senhor, mostra-nos o Pai!

    Neste sábado de manhã pudemos celebrar a missa “Rio Celebra” da Capela N. Sra. da Conceição na residência episcopal colocando as intenções de todos os que nos pedem. Também fizemos uma oração todas especial pelas mães vivas e falecidas, já que neste final de semana comemoramos o dia das mães. Vamos evangelizando pelos meios sociais que dispomos. Essa presença junto aos pais, mães, aos que sofrem neste momento é a graça de evangelizar, enquanto família, fazendo crescer os laços familiares, buscando cada vez mais a face do Senhor.

    Celebramos esta missa num momento diferente e difícil para nosso mundo, mas a mesma Santa Eucaristia, com o povo em suas igrejas domésticas, tem graças infinitas e pedimos que sejam derramadas sobre todos!

             Mesmo privados da presença nas celebrações ansiamos por voltar aos nossos templos. Somos Igreja viva chamada a testemunhar Jesus Cristo no mundo de hoje! Queremos ser, enquanto Igreja, presença da Igreja, na vida do povo que vive este confinamento social. Vamos nos unir pelas mídias sociais e pelas transmissões das TVs de inspiração católica procurando participar das missas, das catequeses, dos musicais católicos para amenizar as dores e agruras destes tempos.

             Nos dias feriais do tempo pascal estamos ouvindo o Livro dos Atos de Apóstolos, que está nos traz hoje a continuação dos atos de São Paulo, suas pregações, homilias, sermões e viagens apostólicas (cf. At 13,44-52). O anúncio da Palavra não só para os judeus, mas para os gentios, que se alegravam com o anúncio da Boa Notícia. Se Cristo foi perseguido os cristãos serão perseguidos, com as autoridades que expulsam os discípulos das cidades. Ainda hoje continuam perseguindo, condenando os inocentes, e arrumam tantas falsidades, tantas calúnias e maledicências, para silenciar o anúncio do evangelho. E, mesmo perseguidos e impedidos, vamos para outros lugares testemunhando e anunciando o Evangelho. Aquele que faz a experiência do Cristo Ressuscitado continua fazendo o anúncio do Evangelho, fazendo valer a nossa adesão ao Evangelho.

    O Evangelho de João quem também lemos neste tempo pascal nos apresenta o anúncio de Cristo e sua união com o Pai (cf. Jo 14,7-14): Jesus continua falando da comunhão com a Trindade: quem me viu vê o Pai. Jesus se revela a nós como Filho de Deus e como nosso grande intercessor (o que pedirdes…). Ele, Jesus é o rosto humano de Deus. Somos chamados a rezar na certeza da proximidade do Senhor, que está no meio de nós, pela ação do Espírito Santo. O Tempo da Páscoa é a afirmação de que Jesus Ressuscitado está vivo e que nós anunciamos e testemunhamos.

             Felipe faz um pedido: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!” (cf. Jo 14,8). Jesus se revela como o “Sacramento do Pai”, pois quem o vê, vê o Pai (cf. Jo 14,9). Assim como Jesus revela o amor do Pai, manifesta o cuidado de Deus para com o seu povo e por todos os povos, a Mãe Igreja manifesta o amor de Cristo, o cuidado de Cristo por aqueles e aquelas que o Pai lhe confiou. Assim o grande anúncio que devemos reafirmar neste tempo da Páscoa é que quem vê a Igreja, comunidade dos batizados, vê a Jesus. Jesus mesmo disse: “quem acredita em mim fará as obras que eu faço”(cf. Jo 14,12), ou seja, a comunidade dos fiéis é um prolongamento histórico da ação de Cristo: é Ele que continua a agir pelos Sacramentos da Igreja. Quando há um batismo é Cristo que batiza. Quando se atende uma confissão é Cristo que perdoa os pecados. Quando se celebra a Santa Missa fazemos memória da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, ou seja, é o próprio Cristo que nos alimenta com o Pão do céu. Pois ouvir os sagrados pastores da Igreja é ouvir a Cristo (cf. Lc 10,16).

             Diante do COVID 19 é a fé que nos faz enxergar a presença amorosa do Ressuscitado entre nós. Nós nascemos para viver eternamente em Deus. A experiência do Ressuscitado nos leva a anunciar o Evangelho, mesmo com as perseguições, prisões, martírios. Isso sela o testemunho do Senhor. A Igreja tem a sua responsabilidade social, por isso não quer transmitir o vírus da COVID 19 para os outros e por isso colabora para não termos aglomerações. Aos poucos, assim que passar este momento mais difícil que vivemos em nosso país, iremos aos poucos retornar para a normalidade, que esperamos que seja melhor do que antes dessa pandemia.       Diante desses acontecimentos muitas vezes ouvimos a pergunta antiga e nova: onde está Deus neste momento? Deus está no meio de nós, ajuda a cada um de nós a carregar a nossa cruz, para que sejamos sinal de experiência do Deus da Vida, que está no meio de nós, em toda a nossa vida, nas nossas comunidades, aumentando a nossa fé para voltarmos para as nossas comunidades com muita alegria.

    O Papa Francisco pede que neste mês de maio nós rezemos o terço em família. O terço nos faz pensar e refletir sobre os vários mistérios da salvação. Que nós possamos neste mês de maio, unidos à Maria, para que entremos no plano de Deus e que se faça a vontade de Deus em nossas vidas. Como sinal deste mês de maio e desse dia das mães, nossa sugestão é colocar uma flor na porta de nossas casas, como gesto em homenagem para esse momento. Lembramos das mães falecidas, daquelas que partiram, deixando saudades em seus filhos. Tantas mães, em tempos difíceis de pandemia, perderam os seus filhos. Mesmo de longe nós nos confraternizamos, pelos meios virtuais e pelos vídeos e “lives”, rezamos pelas mães que partiram. Rezamos pelas mães que enlutadas pela morte dos filhos tenham a graça de Deus para a sua existência. No dia das mães lembremos de Maria Santíssima, nossa Mãe, em que caminhamos com Maria abrindo-se à graça de Deus, como Maria que se abriu ao Senhor. Que Maria nos ensina a estarmos sempre de pé diante da Cruz. A mulher que recebe o dom da maternidade, aquelas que se tornaram mães, que adotaram filhos, daquelas que na vida consagrada se dedicam a tantas crianças, jovens e adultos. Que nas diversas circunstâncias da maternidade fazer a experiência de que a graça de Deus que o encontro com Jesus renove sempre a nos Vivamos bem o Dia do Senhor, o Domingo das Mães, sempre pedindo que Deus abençoe as nossas mães.sa vida.

                      Para as mães que peregrinam neste mundo convido que rezemos:

    “Pai, tu, sendo Deus, quiseste mostrar
    entre nós tua face materna…
    Por isso criaste todas as mães!

    Peço-te por minha mãe,
    sinal concreto e visível de teu amor entre nós.
    Multiplicai os seus dias
    em nosso meio!

    Acompanha-a em todo riso
    e em toda lágrima,
    todo trabalho e toda prece,
    todo dia e toda noite!

    Que tua bênção cubra de luz
    a vida de minha mãe para que,
    inundada de ti, ela seja sempre mais
    Presença do divino em minha vida. Amém!

    Abençoadas sejam todas as mães. Pedimos com fé: Senhor, mostra-nos o Pai! Até que o Senhor Jesus volte, no fim dos tempos, a Igreja será o seu “sacramento” no mundo! Obrigado, queridas mães, pelo testemunho cristão de transmissoras da fé católica! Que a Palavra de Deus que ouvimos nos ilumine e nos ajude a continuar testemunhando o Reino de Deus entre nós.

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