Semana Santa

    Todos as semanas na vida do cristão são santas. Uma, porém, por antonomásia se chama santa porque nela se comemoram os mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. Este ano, de 5 a 12 de abril, estarão os católicos refletindo sobre a entrada solene de Jesus em Jerusalém, no Domingo de Ramos: “Bendito o que vem, o rei, em nome do Senhor”!(Lc 19,38); a Instituição da Eucaristia: “Senhor, dai-nos sempre deste pão” ( Jo 6,3) e do Sacerdócio na quinta-feira; a Crucifixão e Morte de Cristo na sexta-feira santa “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,4, para, depois se entregarem em Santa Vigília,no sábado, à espera do maior dia do ano, o dia da Páscoa do Senhor. “ Eu sou a ressurreição e a vida” ( Jo 11,15). Universo todo perpassam, então,  no dia da Páscoa, ondas luminosas de irreprimível e intenso júbilo. Os clarins altaneiros da cristandade em festa saúdam e aclamam uma vitória famosa, projetando seus maviosos e candentes sons a anunciarem, altissonante e solenemente, o magno triunfo que, sendo do Redentor, é de todos os cristãos. Este é o dia do gáudio universal, princípio venturoso de nossas fúlgidas alegrias, término ditoso de nossos amargos prantos, origem feliz de nossas imperecíveis glórias, final afortunado de nossos dolorosos opróbrios. Nele os corações em regozijo, por entre incontida euforia, modulam entusiasticamente o hino triunfal e glorioso, envolto no contentamento mais esfuziante. Com efeito, o orbe católico de um mar a outro mar, do alto das cordilheiras ao mais profundo vale, dos alcantilados montes, como das risonhas colinas às alfombradas planícies, se une aos coros celestiais dos anjos para comemorar, ruidosa e intensamente, esta data gloriosa. Nela, a figura atraente e majestosa do grande Triunfador eletriza e enleva a humanidade, a qual prorrompe, natural e espontaneamente, nas mais apoteóticas aclamações, nas mais ternas loas, nos mais férvidos hosanas, nos mais vibrantes louvores, ao Rei Imortal dos séculos. Renova, então, com misterioso afã, a secular saudação que encerra e exprime a mais evidente, grandiosa e palpável realidade histórica: “Cristo vive, Cristo reina, Cristo impera”

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