“Trabalhar juntos para o bem comum”. Esse é o tema da 25ª Semana Mundial do Aleitamento Materno, que está sendo realizada de 1º a 7 de agosto de 2017, em todo mundo. Para a médica Amal Omer-Salim, co-diretora-executiva da Aliança Mundial de Ação Pró-Amamentação (Waba), as atividades da semana, em nível global, mostram a importância da sociedade, em especial dos médicos e outros profissionais da saúde, de “trabalhar juntos para identificar o que funciona e superar os desafios comuns na promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno”.
A Pastoral da Criança é parceira nesta campanha, defendendo que a receita para começar bem a vida envolve muito carinho e leite materno. Por meio das visitas domiciliares e encontros com as famílias, os líderes voluntários orientam e preparam as mães para a amamentação, desde que elas ainda estão grávidas. E ajudam a esclarecer as dúvidas, para incentivar a continuação deste ato de amor, mesmo após os 6 primeiros meses de vida da criança (período em que somente o leite materno é necessário, sem necessidade de água, chás ou outro tipo de alimentação).
A Semana Mundial do Aleitamento Materno vem sendo comemorada desde 1992, da união entre a Organização Mundial de Saúde e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A cada edição, uma temática relevante é selecionada para servir de mote para as diferentes atividades desenvolvidas no período. A importância do aleitamento materno exclusivo; a existência dos hospitais Amigo da Criança; o apoio ao aleitamento materno; o aleitamento materno para a mulher trabalhadora; a amamentação no contexto dos objetivos de desenvolvimento sustentáveis; integram a lista de assuntos já abordados.
O tema desse ano se relaciona com a criação de alianças necessárias para alcançar o Objetivo 17 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável: fortalecer os meios de execução e revitalizar a Aliança Mundial para o Desenvolvimento sustentável. A coordenação da semana, lembra que é importante esclarecer que algumas alianças não são positivas e nem alcançaram os resultados esperados, como é o caso das grandes corporações de alimentos infantis que ainda influenciam a elaboração de políticas públicas à nível global e também a nível nacional.
Por isso é chave ressaltar que toda parceria deve priorizar o fortalecimento da ação conjunta com os governos para que cumpram sua missão maior que é defender o direito das mulheres amamentarem seus filhos e filhas com políticas e programas bem estruturados, eficientes e adequadamente financiados e avaliados. E da mesma forma, toda aliança deve envolver a sociedade civil, os movimentos sociais, instituições, ONGs, ativistas, universidades, especialistas que lutam pelos direitos sócias, reprodutivos e humanos.
“Eu gostaria de dizer que a amamentação é a coisa mais importante que uma mãe pode dar para a criança, ela ajuda para que a criança se desenvolva com todo o potencial que ela tem. Portanto todas as mamães, todas as gestantes, por favor, amamentação exclusiva até 6 meses é um direito da criança e continuar dando de mamar se possível até 2 anos ou mais para que a criança fique mais ágil, ela tenha uma psicomotricidade maior e ela tem muito mais talentos ela pensa mais rapido, anda mais rapido, fala mais cedo e tudo mais que uma criança precisa. Um carinhoso abraço para todos.”
Dra. Zilda Arns Neumann
Para mais informações sobre aleitamento materno, acesse: www.pastoraldacrianca.org.br
Fonte: CNBB