Segue-me

    Celebramos nesse domingo, o terceiro desse tempo pascal. Estamos vivenciando as alegrias da Páscoa. A cada domingo, é uma nova Páscoa. Durante o tempo da Páscoa, cada domingo segue uma sequência solene, ou seja, não se diz terceiro ou quarto domingo depois da Páscoa, mas sim, terceiro ou quarto domingo da Páscoa. O tempo pascal dura 50 dias, até ao domingo de Pentecostes, que celebra a vinda do Espírito Santo, e somos convidados a viver a nossa fé guiados por esse espírito santo deixado por Jesus.

    Neste domingo, também, comemoramos o Dia do Trabalho e do Trabalhador. Que todos os brasileiros e brasileiras consigam um trabalho digno e possam levar o sustento para as suas famílias e aqueles que já têm o trabalho, que Deus os abençoe a continuar no emprego. Devido à pandemia da Covid-19, a nossa economia foi afetada e muitas pessoas passaram dificuldades e perderam seus empregos. Rezemos para que agora, com a pandemia mais amena, aos poucos, as coisas possam voltar ao normal.

    Em cada Eucaristia, celebramos a Páscoa do Senhor e fazemos memória do que Ele fez na última ceia. Na verdade, todo domingo é Páscoa, mesmo fora do tempo pascal, todo domingo é dedicado ao Senhor e devemos ir à celebração Eucarística. Hoje, ele nos convida a cearmos com Ele, e nós e nossa família a servi-lo no amor. Em cada domingo, somos convidados a irmos com nossa família à celebração Eucarística e agradecer pela semana que tivemos e pedir pela que virá.

    A primeira leitura deste domingo é do livro dos Atos dos Apóstolos (At 5, 27b -32. 40b -41). Esse trecho relata quando os apóstolos foram levados pelos soldados ao Sinédrio. Sem terem motivo algum para condená-los da mesma forma que foi com Jesus, o sumo sacerdote começa a interrogá-los dizendo que havia proibido eles de anunciarem o nome de Jesus. Pedro que era o líder dos apóstolos diz ao Sumo sacerdote: “É preciso obedecer a Deus, antes que aos homens.” (At 5,29)

    E Pedro ainda disse: “o Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus a que vós matastes pregando numa cruz”. Pedro diz que eles e o Espírito Santo são testemunhas de sua ressurreição e, através desse mesmo Espírito Santo, que eles fazem o que estavam fazendo. Então mandaram açoitar os apóstolos e proibiram que eles falassem em nome de Jesus. Para surpresa do sumo sacerdote, os fariseus ficaram felizes por terem sido açoitados por anunciarem Jesus.

    O salmo responsorial é o 29 (30) e diz em seu refrão: “Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes”. O Senhor nos livra de todos os males e nos resgata até dos grilhões da morte. Devemos confiar sempre no Senhor, pois até nos momentos mais difíceis Ele está ao nosso lado. Durante esse tempo pascal, confiemos as nossas dificuldades ao Senhor, para que Ele transforme em alegria.

    A segunda leitura é do livro do Apocalipse de São João (Ap 5, 11-14). João, quando se refere ao cordeiro, quer dizer do próprio Jesus, Ele é o cordeiro imolado e digno de receber toda a glória. A partir da sua ressurreição, não é mais necessário imolar o cordeiro pascal, pois o próprio Jesus é o cordeiro. Todos aqueles que estão no céu, na terra ou debaixo da terra, glorificam esse cordeiro. O cordeiro vive para sempre e intercede por nós e ao nome dele todo joelho se dobre.

    O Evangelho é de João (Jo 21, 1-19). Esta passagem é conhecida como a pesca milagrosa. Jesus aparece novamente aos discípulos a beira do mar de Tiberíades. Os discípulos que estavam presentes nesse momento eram: Pedro, Tomé, Natanael, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos. Eles haviam pescado a noite inteira e nada tinham conseguido, já havia amanhecido e Jesus estava de pé na margem, mas os discípulos não o haviam reconhecido.

    Jesus pergunta aos discípulos se eles têm alguma coisa para comer e eles responderam que não. Jesus então diz para eles lançarem as redes a direita da barca que achariam. Os discípulos, em atenção a palavra de Jesus, lançam as redes e não conseguiram puxar para fora por causa da tamanha quantidade de peixes que pescaram.

    O discípulo que Jesus amava reconhece na hora de que se tratava de Jesus e diz a Pedro: “É o Senhor”. Pedro sabendo que se tratava de Jesus, vestiu sua roupa, pois estava nu e atirou-se ao mar. Os outros discípulos vieram arrastando a barca até a margem. Ao chegarem viram um braseiro com peixe em cima e pão e Jesus lhes diz para trazerem alguns dos peixes que haviam apanhado. Simão Pedro puxou a rede que estava cheia de 153 peixes e, apesar de tantos peixes, a rede não se rompeu. O número 153 é bem relevante e pode significar o número de nações da época. Jesus os chama para comer com ele. Nenhum dos discípulos se atrevia perguntar quem era Ele, pois sabiam que era Jesus. Jesus parte o pão com eles e fez o mesmo com o peixe.

    Ao fazer a refeição com os discípulos, Jesus relembra aquilo que Ele fez na última ceia e aquilo que Ele sempre fez em sua vida pública, transmitia os seus ensinamentos durante a refeição. Essa foi a terceira vez que Jesus ressuscitado dos mortos apareceu aos discípulos. Depois, Jesus pergunta três vezes a Pedro se ele o amava e pede que ele apascente as suas ovelhas. Pedro fica triste por Jesus perguntar-lhe três vezes se ele o amava, mas se recordarmos, anteriormente, Pedro havia negado Jesus por três vezes. A partir daquele momento, Pedro já não faria mais o que ele quisesse, mas sim, o que o Senhor ordenasse que ele fizesse e deveria anunciar o evangelho até a sua morte. Jesus ainda acrescenta: “segue-me”.

    Procuremos em nossa vida não fazer a nossa vontade, mas a vontade de Deus. Procuremos amar a Deus de todo o coração e sempre colocá-lo como prioridade em nossa vida. Que a partir dessa pesca milagrosa, possamos sair e anunciar a Palavra de Deus onde estivermos. Que todas as nações se convertam ao único Deus e tenham a paz verdadeira em suas vidas. Continuemos vivendo as alegrias da Páscoa, aguardando ansiosamente a vinda do Espírito Santo. Amém.

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