Santa Maria Madalena Postel / Bartolomeu de Las Casas

Maria Madalena Postel testemunhou a alegria do Evangelho refletida no amor aos irmãos e na propagação da fé

“O silêncio é a custódia de todas as virtudes”, assim viveu Santa Maria Madalena Postel que nasceu em 28 de novembro de 1758 na Normandia, França. Batizada com o nome de Júlia Francisca Catarina Postel, a pequena era filha dos camponeses João Postel e Thereza Levallois e seu padrinho era o dono da fazenda onde moravam.

Júlia recebeu de seu padrinho o patrocínio dos estudos, os quais foram recebidos no colégio da Abadia Real das Irmãs Beneditinas. Júlia tinha grande atenção e preocupação com os jovens que não tinham acesso aos estudos e após formar-se professora, retornou à sua cidade e fundou uma escola onde ensinava didática e catequese a todos os jovens, adultos e até o clero da época acorria às suas orientações. Acolhia os pobres, viúvas, doentes e quando não tinha mais recursos pedia esmola aos mais ricos para manter sua obra.

No ano de 1789 a Revolução Francesa imprimiu terrível perseguição à Igreja e ao povo. Júlia foi orientada por seu Bispo a fechar a escola e esconder-se em sua casa com os livros sagrados e o Santíssimo Sacramento. Assim continuou suas catequeses e organizava a realização da missa. Em 1802 cessaram as perseguições e com a ajuda do padre Cabart e duas amigas, Júlia fundou a Congregação das Filhas da Misericórdia. Em 8 de setembro de 1807 o bispo acolheu os votos religiosos da Congregação e Júlia adotou o nome de Madre Maria Madalena. Continuou através da Congregação o trabalho de educação através da escola e posteriormente a pedido de Roma foram se ramificando por toda a França, Alemanha e Países Baixos atuando também como enfermeiras. Em 1832 a Congregação estabeleceu-se na Abadia Beneditina de Saint-Sauveur-le-Vicomte.

Madre Maria Madalena Postel restaurou conventos e igrejas e zelou profundamente pela formação de suas irmãs até os noventa anos de idade, vindo a falecer no dia 16 de julho de 1846. Foi beatificada no ano de 1908 e canonizada em 1925 pelo Papa Pio XI.

Santa Maria Madalena Postel, rogai por nós!

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Bartolomeu de Las Casas

Resultado de imagem para Bartolomeu de Las CasasBartolomeu de Las Casas nasceu em Sevilha, na Espanha, no ano de 1474. Seu pai era um mercador da esquadra de Colombo, na segunda viagem ao novo continente. Estudou na Universidade de Salamanca, onde se graduou em Direito. Foi para a América como Conselheiro Legal do Governador, chegando em 15 de abril de 1502, na ilha Espanhola.

Como a maioria, Bartolomeu estava motivado pelo espírito aventureiro e explorador de riquezas, logo se adaptando ao estilo de vida influente dos colonizadores. No início, aceitou o ponto de vista convencional quanto à exploração da população indígena. Ele também participou dos ataques contra as tribos, e os escravizava em suas plantações.

Depois viajou para Roma, onde terminou os estudos e se ordenou sacerdote em 1507. A rainha Isabel, chamada “a católica”, da Espanha, considerava a evangelização dos índios a justificativa mais importante para a expansão colonial. Insistia para que os sacerdotes e frades estivessem entre os primeiros a se fixarem na América. Em 1510, Bartolomeu de Las Casas retornou à ilha Espanhola, agora como missionário, para combater o tratamento cruel e desumano dado aos índios pelos colonizadores.

Para defender os índios no novo continente, Bartolomeu viajou várias vezes à Espanha, apelando aos oficiais do governo e a todos que quisessem ouvir. Desde que ingressou na vida religiosa dominicana, ele se dedicou à causa indígena em defesa da vida, da liberdade e dignidade. Lutou também para que tivessem direitos políticos, de povos livres e capazes de realizar uma nova sociedade, mais próxima do Evangelho.

A prioridade para Bartolomeu era a evangelização. Com este propósito viajou pela América Central fazendo um trabalho pioneiro, registrando tudo em seus diários. Foi perseguido pelos colonizadores espanhóis de São Domingos, Peru, Nicarágua, Guatemala e do México. Neste último país, foi nomeado Bispo aos setenta anos de idade, em 1544. Mas, ficou apenas três anos em Chiapas, sempre perseguido pelos espanhóis.

Em 1547, partiu da América para não mais voltar. Regressou à Espanha, continuando ali a defesa dos índios, onde corrigiu e publicou seus escritos, todos se contrapondo à política colonial. Porém, suas idéias foram contestadas, na América e também na Espanha. Tanto que, em 1552, suas obras foram censuradas e proibidas para a leitura.