Sagrada família

    A música do Padre Zezinho expressa um desejo real e valioso: “Tudo seria bem melhor se o Natal não fosse um dia, se as mães fossem Maria e se os pais fossem José e se a gente parecesse com Jesus de Nazaré.”
    Este é a família por excelência e não foi por acaso que Deus colocou seu Filho nela. Deveríamos ser como a Sagrada Família, pois Deus nos elegeu como filhos. O mundo é a família de Deus.
    Quando lemos os livros de história, temos a impressão de que tudo gira em redor de alguns grandes acontecimentos: o dia em que se travou uma batalha, o dia em que foi assinado um tratado de paz ou o dia em que aconteceu uma determinada descoberta científica. Mas a história real, de fato, não é essa. A história se faz no dia-a-dia de muitas pessoas que se esforçam, lutam, se alegram, curtem a vida, adoecem… A vida de uma família não pode ser resumida apenas a celebração de aniversário, às férias ou a alguns outros acontecimentos especiais. A vida de uma família se faz a cada dia, na limpeza da casa, no esforço para se levantar e fazer que todos estejam prontos a tempo de ir a seus respectivos trabalhos, na contribuição diária para que todos sejam felizes e sintam-se bem em casa. A vida de uma família se realiza no amor, no respeito, na paciência e no diálogo. A vida de uma família é vivida no pão de cada dia e não no banquete do dia de festa.
    Celebramos a Festa da Sagrada Família. Maria e José foram ma família normal e comum. Tiveram de trabalhar duro. Sua vida familiar era composta de muitos dias de semana, cheios de trabalho, preocupações, alegrias, angústias compartilhadas, paciência, amor, diálogo e respeito mútuo. Dias em que não se celebrava nada de especial, apenas se vivia. Mas precisamente aí, nesse dia-a-dia, foi que se forjou a santidade daquela família. Hoje ela se torna para nós sinal do amor de Deus no nosso mundo e modelo de nossa vida familiar, modelo dos dias de festa e dos dias comuns.
    É claro que a nossa vida não é igual a que eles viviam. As circunstâncias são outras. Mas há algo que não pode mudar: a vida de uma família é construída sobre a base do amor e do respeito mútuo, com grandes doses de paciência e diálogo. A violência, a rigidez, a falta de comunicação levam com toda a certeza à destruição do lar e, ao longo do tempo, à destruição das pessoas que o formam. Amor, respeito, paciência e diálogo formam a base sobre a qual podemos consolidar a vida das nossas famílias. Desta forma, tal como a família de Jesus, Maria e José, nossas famílias serão também um sinal da presença amorosa de Deus em nosso mundo.

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