“É muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do barulho: quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz”
Marcus contou a seguinte parábola:
Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer. Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silêncio me perguntou:
– Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?
Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:
– Estou ouvindo um barulho de carroça.
– Isso mesmo, disse meu pai, é uma carroça vazia…
Perguntei ao meu pai:
– Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?
– Ora, respondeu meu pai, é muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz.
A partir dessa pequena história, o apresentador observou que “todos nós podemos nos tornar carroças vazias, fazendo um barulho tremendo quando não a enchemos daquilo que é essencial”.
Precisamos enchê-la de Deus, mas sem “aprisionar Deus”: trata-se de encher-se d’Ele para dar sentido à nossa vida e comunicá-Lo aos outros.
“Creio que você deve conhecer pessoas cheias de Deus, não é mesmo? Pessoas que, generosa e silenciosamente, sem alardes, nos fazem provar quão grande é Seu amor e quão impregnadas elas estão do Santo Espírito”.
Pentecostes, recordou ele então, é uma feliz oportunidade para nos esvaziarmos de nós mesmos e enchermos a nossa carroça com Deus, e não podemos fazer isto sem a graça e a luz do Espírito Santo. São Paulo nos ensina:
“O Espírito vem em socorro da nossa fraqueza. É o próprio Espírito que intercede em nosso favor, com gemidos inexprimíveis. E aquele que examina os corações sabe qual é o pensamento do Espírito, pois é de acordo com Deus que ele intercede em favor dos santos” (cf. Rm 8,26-27)