Quem jamais exerceu algum tipo de liderança? Todos, uns mais, outros menos, têm responsabilidades e detêm autoridade. Alguns, contudo, enganam e seduzem, trazendo desilusão e miséria, porque sua liderança é chamada por Jesus de roubo, assalto, morte. Jesus apresenta-se como única verdadeira liderança capaz de libertar a todos para que tenham vida em plenitude. Com Ele devem sintonizar-se todas as lideranças que desejem transformar a sociedade, para que a humanidade deixe de ser rebanho tangido e manipulado ao sabor dos interesses dos inescrupulosos e gananciosos senhores.
Aceitar a liderança de Jesus e conformar-se a sua ação libertadora (“Eu vim para que todos tenham vida.”) é a maior prova de conversão a Deus e de compromisso com o seu projeto.
A atividade do pastor consiste em chamar, conduzir para fora e caminhar à frente. A verdadeira liderança lança o apelo sem fazer violência: uma vez aceito o apelo, sua tarefa é libertar as pessoas dos esquemas fechados que impedem a liberdade, abrindo caminhos novos que levam à vida. Uma liderança que não respeita esses requisitos não é autêntica, diz Jesus, e o povo não se deixa enganar.
O mundo está cheio de falsos líderes que se deixam levar pelas suas promessas e a sua ganância está escondida. Só depois da maldade realizada é que se percebe. É aquela imagem do lobo com roupagem de cordeiro. O povo, quando se engana, é porque não refletiu direito, não observou as suas garras escondidas.
Os cristãos verdadeiros, que são ovelhas de Cristo, que passaram pela porta do Reino e aprenderam com o Bom Pastor(Cf. Jo 10,1-10) a conduzir com carinho o rebanho, podem entrar e sair e devem mesmo sair e conduzir com o carinho que receberam conduzir as pobres ovelhinhas que sofrem por este mundo afora, livrando-as dos perigos e fazendo-as conhecer a verdadeira liberdade e plenitude de vida.
Um gesto, um sorriso, uma ajuda, uma explicação, uma mão estendida, qualquer atitude impregnada de amor é comportamento de um verdadeiro líder que aprendeu com Jesus a cuidar.
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