Quando Nossa Senhora de Guadalupe salvou o México de uma epidemia

Em 1737, a população local do México deu o crédito a Nossa Senhora de Guadalupe por salvá-los de uma epidemia generalizada

Antes de 1737, Nossa Senhora de Guadalupe era uma das três principais imagens de Nossa Senhora veneradas no México. Embora muitos a venerassem, a imagem não despertava uma devoção generalizada.

Então, em 1736, uma epidemia devastadora varreu o país, conforme detalhado por Vernon Quinn no livro Beautiful Mexico, de 1924: “uma epidemia de febre amarela devastou o país, causando só na Cidade do México cinquenta mil mortes”.

Em março de 1737, a administração municipal solicitou ao arcebispo local que declarasse Nossa Senhora de Guadalupe padroeira da cidade. Ele concordou e programou uma grande procissão e celebração em maio, implorando a intercessão de Nossa Senhora de Guadalupe para que a cidade e seus arredores fossem poupados da epidemia.

Resultado do ato de fé

De acordo com Jennifer Hughes em seu livro Biography of a Mexican Crucifix, esse ato de fé do povo mexicano ajudou a virar a maré da epidemia e solidificou o papel de Nossa Senhora de Guadalupe na cultura mexicana.

A celebração guadalupana finalmente mudou a maré: poucas semanas depois, em junho de 1737, a doença começou a diminuir. Essa demonstração de poder, proteção e cuidado para com o povo da cidade foi o momento de definição para a devoção de Guadalupe, o início da consolidação de sua posição de destaque como o símbolo nacional para o México.

Em 1746 seu patrocínio foi estendido a todos os territórios da Nova Espanha e em 1754 o Papa Bento XIV instituiu uma festa e missa para 12 de dezembro.

O fim da epidemia foi visto pela população local como fruto da sua milagrosa intercessão e desde então o povo mexicano tem uma forte devoção a Nossa Senhora de Guadalupe.

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