Urnas abertas neste dia 11 de agosto, na Zâmbia, para as eleições legislativas e presidenciais, assim como também para o referendo constitucional que visa a modificação do artigo 79 para acrescentar aos direitos civis e político já explicitados na Constituição também os direitos “econômicos, sociais, culturais e ecológicos”.
Com vista neste importante pleito eleitoral, a Conferência Episcopal do país reiterou o apelo à votação “pacífica, credível e transparente”. “A democracia” – lê-se na mensagem difundida pelos prelados – “requer, em primeiro lugar, que todos os cidadãos exerçam o direito de voto num ambiente livre e pacífico”. Por isso, “nós Pastores exortamos todos os eleitores a votar”. “Nunca cansar-se de votar!” – afirmam os bispos, segundo os quais “a apatia servirá apenas para dar maior possibilidade aos oportunistas”.
Sem dar indicações de voto, os prelados recordam que os candidatos ideais deveriam ser “competentes no plano político, económico e social; corajosos em dizer a verdade; atentos à justiça social; desejosos de trabalhar para o bem comum e não para interesses próprios; dispostos a pôr o poder ao serviços dos pobres e dos menos privilegiados; abertos ao diálogo, à honestidade, à integridade, à transparência e à responsabilidade perante o eleitorado.”
Não devem ser, pelo contrário, considerados candidatos – escrevem os bispos – os “arrogantes, propensos a usar a violência, desonestos, corruptos, capazes de abusar do poder e de fazer coisas incorrectas, aqueles que manifestam interesses de caráter étnico ou de parte em vez do bem comum, nacional”. Os bispos exprimem depois o desejo de que todas as organizações encarregadas de monitorar o desenrolar das eleições sejam “adequadamente preparadas”, “independentes e livres de manipulações” por forma a dar “às populações informações verdadeiras”
Um ulterior apelo é dirigido aos media a fim de que sigam “os princípios éticos da retidão e da verdade” ao informar, assegurando “uma cobertura midiática completa e correta para todos os partidos políticos”.
Também os jovens são chamados em causa: a eles, a Igreja na Zâmbia pede para “serem artífices de um país melhor, agentes de paz e de reconciliação, recusando-se a “ser utilizados como instrumentos de violência da parte de políticos sem escrúpulos”.
Por fim, os bispos reiteram a exortação a todos os cidadãos a “compreenderem que o voto é um direito-dever fundamental” e “e também um dever cristão”. Por isso é importante votar “em espírito de honestidade, evitando fraudes”. O auspício é que todos se empenhem a “construir a paz, evitando qualquer forma de violência”.
Fonte: Rádio Vaticano