“Minha mãe tinha todos os motivos listados pelas feministas para me abortar”, testemunho de uma jovem jornalista

A vida de Fabíola Goulart, 29 anos, esteve por um fio. Mas Deus mostrou que tinha outros planos para ela…

O testemunho desta jovem, que desde os quatro anos de idade viveu em Balneário Rincão (SC), é prova daquela passagem, no livro do profeta Jeremias, que diz: “Antes de formar-te no seio de tua mãe, eu já te conhecia, antes de saíres do ventre, eu te consagrei e te fiz profeta para as nações” (Jr 1,5).

A Igreja Católica celebrou ontem, 8 de outubro, o Dia do Nascituro – o ser humano concebido no ventre materno e que ainda está por nascer. A vida de Fabíola Goulart, 29 anos, esteve por um fio. Mas Deus mostrou que tinha outros planos para ela…

Jornalista, católica, desde que se formou na faculdade tem oferecido seu conhecimento ao serviço da Igreja, seja pelo movimento de Renovação Carismática Católica na Diocese de Criciúma e no escritório nacional, ou nas agências de comunicação católica que já atuou. Em 2013, foi voluntária na Jornada Mundial da Juventude, no Brasil. Quando a JMJ acabou, trabalhou como jornalista para a Arquidiocese do Rio de Janeiro. Em meio à missão na Igreja, conheceu aquele que se tornou seu esposo e, com ele, está agora em Cracóvia, na Polônia, como voluntária de língua portuguesa da Jornada Mundial da Juventude, que será celebrada de 26 a 31 de julho de 2016.

Por que sou contra o aborto?

Àqueles que chamam de ignorante e hipócrita quem é contra o aborto gostaria que lessem os meus argumentos. Não que seja necessário haver algum, pois toda vida é importante e deve ser preservada. Isso é um fato. Mas é uma partilha pessoal que lhe faço.

Minha mãe tinha todos os motivos listados pelas feministas para me abortar. Era pobre, engravidou de um homem casado que até hoje não me assumiu como filha, não tinha apoio da família e nem sequer lugar para criar. Não tinha terminado o Ensino Médio e estava sem perspectiva de futuro. Entretanto, apesar de todas as adversidades, decidiu enfrentar tudo por aquela vida que se gerou em seu ventre. Fugiu pela portas dos fundos da clínica clandestina em que foi levada para fazer o aborto. Nunca se arrependeu. Foi difícil? Sim, muito. Sua vida foi totalmente diferente do que ela esperava quando tinha apenas 20 anos. Mas todas as vezes que eu olho nos olhos dela, sei que ela não se arrepende. Ela me ama muito e eu a amo demais. Nosso amor nos faz felizes e alimenta a nossa fé de que tudo vai dar certo quando agimos com amor, principalmente pelo outro. Minha mãe me deu o maior presente: a minha vida.

E se abortistas tivessem ido até ela e, se aproveitando de um momento difícil, a tivessem convencido? Eu não estaria aqui. Vocês, meus amados amigos, não teriam me conhecido. Não teríamos tido os momentos maravilhosos que vivemos, nada de conversas, risos ou discussões. Nada de Fabíola. Quantas “fabíolas” já se foram naquela mesma clínica? Quantas “fabíolas” nem chegaram a nascer?

Sempre defenderei a vida, não importa o seu tamanho ou as adversidades que a circundam. Sou prova viva de que um filho nunca pode “estragar” ou “prejudicar” a vida de uma mulher; ao contrário, pode dar a ela novos motivos para viver e ser feliz.

Às vezes paro pra pensar em tudo o que Deus já fez por mim, até onde Ele me levou, e fico sem palavras. Eu sempre fui muito sonhadora e acreditava que poderia ver grandes coisas, mas nada comparado ao que eu já vivi. Como uma jovem que cresceu em uma família pobre, com mãe separada, numa cidadezinha litorânea pequenininha, poderia acreditar que um dia encontraria o Papa, viajaria o Brasil e o mundo? É mesmo difícil de acreditar…

Por isso, confio tanto na misericórdia de Deus, pois sei que ela me alcançou; e tanto na providência de Deus, que sempre cuidou de mim. Nunca almejei essas coisas, nunca quis, sei lá, “fazer carreira” na Igreja. Tudo aconteceu naturalmente. Deus me dava um pouco, e eu cuidava e me dedicava para aquele pouco. Em seguida Ele me dava mais. E assim foi indo. Mas sempre tive muita responsabilidade com as bênçãos que ele me deu e também sempre agradecida.

Sinto-me tão amada por Deus que não consigo fazer outra coisa que não seja deixar Ele feliz. Fazer o que Ele quiser que eu faça, mesmo quando não entendo, mesmo quando não sei como será depois, mesmo quando parece difícil demais. Às vezes, acerto. Às vezes, erro. Mas a intenção está sempre ali!

Fabíola Goulart

​(Fonte: http://www.diocesecriciuma.com.br)

Fonte: Zenit

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