PRISÃO DO SENHOR

    ‘Pai, se queres, afasta de mim este cálice; contudo, não seja feita a minha vontade, mas a tua!’ (cf. Lc 22,42)

     Com o caminhar da Semana Santa, reviver todos os passos da Paixão de Jesus Cristo, nos insere para a compreensão do Sacrifício do Justo em detrimento da libertação de todo o mundo das amarras do Pecado.  Para que isto ocorresse, Jesus despôs de sua condição de Divina e se submeteu a condição humana, não para vangloriar-se, mas para demonstrar que não existe Amor Maior que doar a vida pelo irmão.

    Doar a Vida pelo irmão fez com que Jesus submetesse a humilhação, a prisão, a tortura, a flagelação, a morte… Como um Cordeiro manso, não esboçou nenhuma reação aos ataques ferozes daqueles que se dignificavam sendo “portadores da verdade de Deus”, mas que levou o Justo à morte em detrimento da inveja, do egoísmo e da soberba; levado ao abatedouro, Seu corpo foi flagelado pelo ódio imensurável, mas que libertou os nossos corações deste mesmo ódio, tudo isto, através do Amor.

    O Amor levou à obediência para a instauração do Plano de Salvação, onde “Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz” (cf. Fl 2,6-11). Assim, Jesus reafirma a libertação tão esperada e descrita pelo Profeta Isaías, pois ele “não esmorecerá nem se deixará abater, enquanto não estabelecer a justiça na terra” (cf. Is 42,4ab).    

      Portanto, que a Prisão de Jesus, que foi o primeiro passo para a Verdadeira Libertação, nos inspire a refletir sobre vivenciar a graça dada por Aquele que nos amou por primeiro, em que a superação do ódio, da ganância, da flagelação e da morte, demonstrou-nos que não há prisão nenhuma que impeça o Amor de Deus seja o que nos liberta dos vícios do pecado. 

    Saudações em Cristo!

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