Pe. José de Jesús Aguilar, vice-diretor de Rádio e Televisão da Arquidiocese do México, explicou por que, há mais de dois séculos, duas das oito portas que a Catedral Metropolitana do México possui permanecem fechadas.
Em um vídeo postado em seu canal no YouTube, Pe. Aguilar enfatizou que as portas mais conhecidas da Catedral Primaz “são aquelas que estão na fachada sul”.
“Destas, a do lado esquerdo tem em sua parte superior um relevo com a entrega das chaves para São Pedro”, enquanto “o relevo da Assunção de Nossa Senhora aos céus, padroeira desta Catedral, coroa a porta central, também chamada de Porta Santa”.
“A porta frontal do lado direito mostra em sua parte superior o relevo da barca da igreja com Cristo no mastro, Pedro no leme e os apóstolos. Os remos têm nomes de livros do Novo Testamento”.
No entanto, disse, duas portas “deixaram de ser abertas no lado norte, na parte de trás da catedral, em frente à Rua de Guatemala”.
“Ocorreu que, em 1767, o colégio jesuíta de São Pedro e São Paulo (NdR.: Atual Museu das Constituições da Universidade Nacional Autônoma do México), em San Ildefonso, esquina com el Carmen, deixou de ter fins religiosos devido à expulsão dos jesuítas, com isso, dois de seus grandes retábulos foram desmontados e transladados primeiro ao Sacrário Metropolitano, próximo à Catedral. E depois, definitivamente colocados nas portas do norte da Catedral.
“A partir de então, as portas do norte deixaram de ser abertas”, assinalou.
Em um dos retábulos, dedicado à Virgem de Zapopan, estão as pinturas a óleo dedicadas a “fundadores de ordens religiosas como São Francisco, São Domingos, Santo Inácio de Loyola, São João Bosco, São Felipe Neri, entre outros”.
O outro retábulo, explicou Pe. Aguilar, é dedicado a Cristo e aos apóstolos.
“Ambos os retábulos, nos lados do Altar dos Reis, fizeram com que as portas permanecessem fechadas permanentemente”, destacou.