Os pais querem tratá-la na Itália, onde médicos já se prontificaram a recebê-la – mas o hospital de Londres teima em decretar a sua morte
Médicos italianos defendem tratamento
Entretanto, dois médicos do hospital pediátrico Giannina Gaslini, de Gênova, na Itália, questionam a opinião dos colegas de Londres e solicitaram examinar Tafida mediante videoconferência nesta sexta, 19. Eles não acreditam que ela tenha sofrido morte cerebral e se prontificaram a tratá-la na Itália.
Os médicos de Gênova afirmam que Tafida não apresenta todas as condições clínicas de morte cerebral e, portanto, deve continuar recebendo suporte vital. Eles recordam que a morte cerebral é a perda irreversível de todas as funções do cérebro, incluindo as do tronco cerebral, acompanhada por coma, ausência de reflexos e incapacidade de respiração sem suporte artificial. Tafida, porém, apresenta movimentos ofegantes sem o aparelho que a ajuda a respirar, o que contradiz a versão de que esteja cerebralmente morta, e, segundo os pais, consegue abrir os olhos, mexer as extremidades, engolir e reagir à dor. Eles alegam ainda que um neurologista do hospital descreveu o seu estado como “um coma profundo” e não como morte cerebral.
Pesadelo judicial à vista?
A julgar por casos semelhantes registrados no Reino Unido ao longo dos últimos dois anos, esta pode tornar-se uma dolorosa batalha judicial para os pais da menina, que, neste último dia 16, pediram que o Supremo Tribunal de Justiça da Inglaterra os autorize a levar a filha para fora do país.
Precedentes assustadores no Reino Unido
O drama de Tafida Raqeeb recorda os dos bebês Charlie Gard e Alfie Evans, também britânicos, ambos assassinados por ordens judiciais taxativas, ideologicamente enviesadas e mundialmente questionadas, que determinaram o desligamento dos aparelhos que os ajudavam a respirar, contra a vontade de seus pais e apesar de ofertas de tratamentos ao menos paliativos em hospitais do exterior, nomeadamente dos Estados Unidos e do Vaticano.
