“Perseguidos e esquecidos?”: AIS apresenta relatório sobre a liberdade religiosa

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre apresentou na quarta-feira seu último relatório sobre a liberdade religiosa “Perseguidos e esquecidos?”, onde analisou 30 países entre 2011-2013.

“Nós verificamos que em alguns países da África, Oriente Médio e Extremo Oriente, há uma perseguição muito feroz contra a religião, contra todas as pessoas que querem livremente exercer a sua fé”, afirmou a presidente do secretariado português de Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), Catarina Bettencourt.

Bettencourt destacou o Sudão, a Eritreia, a Nigéria e a Síria, “os chamados países da Primavera Árabe” que se transformaram “num verdadeiro inverno árabe, especialmente para os cristãos”.

O relatório destaca ainda a situação em países como Afeganistão, Iraque, Arábia Saudita, China e Coreia.

“É uma lista onde a perseguição tomou proporções muito maiores, muito mais sérias e muito mais violentas”, frisou Catarina Bettencourt.

Nestes países, a raiz cristã está desaparecendo porque os cristãos estão fugindo e AIS constatou que no Iraque, em 2003, antes da guerra, havia cerca de um milhão e meio de cristãos, “hoje há cerca de 250 mil”.

Os cristãos sentem necessidade de abandonar os seus países, “para salvar a própria vida, para exercer a sua fé” e muitas vezes as pessoas de religiões minoritárias são perseguidas noutros âmbitos como trabalho, educação, saúde.

“Cada vez há mais perseguição, cada vez há mais uma ausência de liberdade religiosa e o que verificamos é que há países onde de fato a situação se tornou quase insustentável”, explicou Catarina Bettencourt, em entrevista à Agência Ecclesia.

 

Local: Lisboa
Fonte: Rádio Vaticano