“Não estive lá há dois mil anos. Não conheci Maria nem José nem Jesus. Não sei como era a vida naquela casa. O que sei foi narrado por Lucas e Mateus”
O Menino de Nazaré
Não estive lá há dois mil anos. Não conheci Maria nem José nem Jesus. Não estive em Nazaré, nem em Belém e nem em Cafarnaum.
Não sei como era a vida naquela casa. O que sei foi narrado por Lucas e Mateus. Não falei com Maria nem com Jesus a respeito daqueles dias.
Jesus e Maria e José nunca me apareceram para me revelar detalhes daquela noite em Belém. O anjo Gabriel também não me apareceu para me explicar como foi a anunciação. Não falei com Isabel nem Zacarias. Também não falei com João Batista.
Não sou um vidente, nem ouvinte a quem Jesus conta tudo. Sou apenas um crente católico que leu os livros da nossa Igreja e, de catequese em catequese, chegou à conclusão de que Jesus é mais do que um profeta judeu de Nazaré!
Eu creio como católico e, no Natal, eu penso, oro e medito e canto sobre o Menino que mais tarde mudou milhões de vidas. Sou um crente católico apostólico romano e não penso em expulsar o mito Papai Noel dos shoppings e das ruas. Até já propus que, no presépio doméstico, ponham o velhinho do Natal ajoelhado aos pés do menino. É onde ele deve estar no dia 25 de dezembro, junto aos cordeiros, animais e com José e Maria, num lugar sem luxo nenhum.
Afinal, eu já fui menino pobre que ficava feliz com um pedaço de bolo e uma alpargata. E aquilo era festa que Jesus me dava no dia do nascimento dele…