Pátria amada, sim!

    A missão dos seguidores de Jesus de Nazaré é de anunciar a vida diante do discurso recheado das marcas odiosas do negacionismo, da insensibilidade e da indiferença. É comum e natural, mesmo por parte de membros da Igreja Católica, indicar a saída no referido ódio e na violência, no sentido da edificação do Brasil verdadeiramente próspero e democrático. Mais do que nunca, percebe-se a urgência de se anunciar os valores do Evangelho na sua plenitude. Anunciar, sim, denunciando tudo o que contraria, numa realidade que parece mergulhar no nefasto autoritarismo, na ignorância e no flagelo: o pecado.

    O momento clama por uma Igreja verdadeiramente pascal, evidentemente na força mística da profecia, no anúncio da graça compassiva e esperançosa, a da conversão do coração, também que se chegue à conversão das estruturas, segundo a vontade salvífica do nosso bom Deus, no que assegurou Dom Orlando Brandes: “Para ser pátria amada não pode ser pátria armada. Para ser pátria armada seja uma pátria sem ódio. Para ser pátria amada, uma república sem mentira e sem fake news. Pátria amada sem corrupção. E pátria amada com fraternidade. Todos os irmãos construindo a grande família brasileira”.

    Não esquecer, nesse contexto, a condenação das armas pelos últimos papas, como na palavra de São Paulo VI: “Se vós quereis ser irmãos, deixai cair as armas das vossas mãos. Não se pode amar com armas ofensivas nas mãos”. Os artífices da evangelização, como servidores da verdade e da justiça, encorajados pelo amor, em evangelizar nos nossos dias, pressupõem o amor fraterno, no qual deveria encontrar a sua concretude, sempre maior e crescente, naqueles que são os destinatários da missão evangelizadora.

    Como é indispensável a robusta energia do apóstolo Paulo! Ele assim escreve a respeito dos que estão para acolher sua sublime mensagem, mas num ambiente favorável e na caridade: “Pela viva afeição que sentimos por vós, desejávamos comunicar-vos, não só a Boa-Nova de Deus, mas também nossa própria vida, tão caras vos tínheis tornado para nós” (cf. 1 Tes 1, 8). Eis o nosso maior desafio: o de vivenciar o Evangelho de Jesus, num não ao negacionismo fundamentalista, na cultura das armas e do violento ódio.

    Fica patente o convite à conversão do coração, na alegria de sempre mais se redescobrir o amor verdadeiro, de nos inspirarmos na mesma profecia do arcebispo de Aparecida, todos voltados para a Mãe de Deus, no milagre daquele vinho bom, sem o qual a festa se acabaria, indicador do vinho novo, do novo vigor no desempenho animador auspicioso, sempre mais unidos à Igreja, na compreensão do ministério da Santa Mãe de Deus. Assim seja!

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