Abusos sexuais, maus-tratos e doenças são alguns dos muitos riscos enfrentados por 147.500 crianças deslocadas por causa das inundações que estão devastando o Paraguai.
De acordo com a Agência Fides, muitas vivem amontoadas em mais cem campos abusivos montados nas praças e pelas estradas da capital, Assunção. Segundo o último relatório oficial, a histórica cheia do Rio Paraguai obrigou 245 mil pessoas a se locomoverem em todo o país. Só em Assunção, cerca de 85 mil pessoas abandonaram suas casas por causa do aumento progressivo das águas nas cidades banhadas pelo rio.
Cinqüenta mil crianças da capital foram obrigadas a abandonar tudo e algumas há mais de dois meses deixaram a escola. As mais sortudas vivem em casas de familiares ou em casernas na cidade. A maior parte vive entre acampamentos ou espaços provisórios muito precários, onde faltam segurança, banheiro, higiene e água potável.
Segundo alguns especialistas, nos campos de deslocados as meninas tem o triplo de probabilidade de serem violentadas ou sofrerem abusos sexuais.
A Ong Plan International montou 18 tendas “Anua”, que na língua guarani significa abraço, para permitir às crianças e suas famílias viverem em espaços abertos, livres do estresse e da crise que estão atravessando.
Fonte: Rádio Vaticano
Local: Assunção