Paquistão: nova tentativa de conversão de cristãos ao Islã

Roma (RV) – Líderes religiosos e ativistas cristãos pedem ações contra um promotor que confessou ter instigado prisioneiros cristãos a abandonarem a sua fé para abraçar o Islã. A desencadear a reação, afirma a agência AsiaNews, é a notícia publicada pelos meios de comunicação paquistaneses, que relata que o promotor Syed Anees Shah conduziu 42 prisioneiros cristãos perante um tribunal antiterrorismo em Lahore, na Província de Punjab, afirmando ser capaz de “assegurar sua libertação se se fossem convertidos ao Islã.

Shah, que foi contatado por um jornal britânico, primeiro rejeitou as acusações, para em seguida, confessar ter oferecido a eles uma escolha. Os cristãos, todos do bairro Youhanabad de Lahore, foram presos por terem linchado dois muçulmanos suspeitos de terrorismo alguns minutos após o ataque de dois agressores talibãs contra duas igrejas, em 15 de maio de 2015.

Conversões forçadas, milhares a cada ano

As conversões forçadas são um tema muito candente no país. Organizações paquistanesas para os direitos humanos afirmam que a cada ano cerca de mil mulheres cristãs e hindus são forçadas a se converter e se casar com homens muçulmanos. Segundo o último “Relatório sobre minorias religiosas no Paquistão”, da Comissão Nacional de Justiça e Paz da Conferência Episcopal Paquistanesa, cinco cristãos se converteram ao islamismo em 2014. Entre esses, três adolescentes cristãs que haviam sido sequestradas e forçadas a se casarem.

A tentativa com Asia Bibi

De acordo com o advogado cristão Nadeem Anthony, a mesma proposta de conversão ao Islã foi feita a Asia Bibi, a mãe cristã há sete anos na prisão e que corre o risco da pena de morte com a acusação de blasfêmia contra o profeta Maomé. Recordando o seu encontro na prisão distrital de Sheikhupura, em 2010, Anthony cita as suas palavras: “Minha fé é viva e jamais me converterei”.

 

Fonte: Rádio Vaticano

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