Papa: Universidade não é sinônimo de prestígio, mas de serviço

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu na manhã de quinta-feira (26/10) uma delegação da Universidade Católica Portuguesa, que está festejando 50 anos de fundação.

 

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“Longa vida à Universidade Católica Portuguesa!”, exclamou Francisco em seu discurso, discorrendo sobre a natureza e a missão do termo ‘universidade’, isto é, abraçar o universo do saber no seu significado humano e divino.

Por isso, para o Pontífice, é importante que os alunos não olhem o grau universitário como sinônimo de maior posição, de mais dinheiro ou maior prestígio social. Pelo contrário, estar numa universidade significa preparar-se a uma maior responsabilidade perante os problemas de hoje, perante o cuidado do mais pobre, perante o cuidado do meio ambiente.

“Não basta realizar análises, descrições da realidade; é necessário gerar espaços de verdadeira pesquisa, debates que gerem alternativas para as problemáticas de hoje. Como é necessário descer ao concreto!”, afirmou Francisco.

Isto é ainda mais importante numa instituição acadêmica católica, que se distingue justamente pela inspiração cristã dos indivíduos e das comunidades, consentindo incluir a dimensão moral, espiritual e religiosa na sua investigação e avaliar as conquistas da ciência e da técnica na perspectiva da totalidade da pessoa humana.

Por detrás do docente católico, fala uma comunidade de fiéis, acrescentou o Papa, na qual amadureceu uma determinada sabedoria da vida; “uma comunidade que guarda em si um tesouro de conhecimento e de experiência ética, que se revela importante para toda a humanidade”.

Francisco recordou sua peregrinação a Portugal em maio deste ano, ocasião em que foi venerar a Virgem Mãe e confiar-Lhe os seus filhos.

“Sob o seu manto não se perdem; dos seus braços virá a esperança e a paz de que necessitam”, disse o Papa, repetindo um trecho da homilia pronunciada em Fátima.

Para Francisco, a Universidade Católica Portuguesa é mais um sinal de esperança que a Igreja oferece ao país, ao colocar à disposição da nação uma instituição cultural “que é chamada precisamente a servir a causa do homem”.

“Fez-me muito bem à alma poder inserir-me na oração do bom povo português e demais filhos Dela”, concluiu o Pontífice, concedendo a sua bênção apostólica.

Fonte: Rádio Vaticano

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