Edoardo Giribaldi – Vatican News
“Eu quis saudar a Virgen de los Desamparados, a Nossa Senhora que cuida dos pobres, a padroeira de Valência. Valência que sofre tanto, e também outras partes da Espanha.”
O sinal da cruz, a bênção, alguns momentos de recolhimento e uma flor depositada no pequeno altar onde está posicionada a imagem da Virgen de los Desamparados, a Virgem dos Desamparados, um presente da população valenciana afetada pela devastação causada pela tempestade Dana. “Eu quis que ela estivesse aqui”, explicou Francisco, falando de maneira espontânea antes de iniciar a catequese da Audiência Geral desta quarta-feira (06/10):
“Hoje, de maneira especial, rezemos por Valência e pelas outras áreas da Espanha que estão sofrendo por causa da água.”
O apelo pela paz
E é o próprio Papa, junto com os fiéis reunidos na Praça de São Pedro, que reza uma Ave-Maria pelas populações ibéricas. A oração é precedida por um novo apelo à paz: “não nos esqueçamos da martirizada Ucrânia, que sofre tanto”, exorta Francisco. “Não nos esqueçamos de Gaza e de Israel. Outro dia, 153 civis foram metralhados quando andavam pela rua. É muito triste”, afirma o Papa, que já havia lembrado o episódio no post-Angelus de 1º de novembro. “Não nos esqueçamos de Mianmar”, acrescentou Francisco por fim.
O pensamento do Papa por Valência
O momento de recolhimento diante de Nossa Senhora seguiu-se ao apelo do Papa às pessoas afetadas pelas enchentes na oração pós-Angelus no domingo, 3 de novembro. “O que faço eu pelo povo de Valência? Rezo? Ofereço alguma coisa? Pensem sobre essa questão”, foi o convite de Francisco. De acordo com os dados fornecidos pelas autoridades locais, 89 pessoas estão desaparecidas na região espanhola e o número de mortos é de 211.