VATICANO, 05 Abr. 18 / 11:00 am (ACI).- O Papa Francisco enviou suas orações a Alfie Evans e seus pais e exortou a fazer tudo o que for necessário para acompanhar compassivamente o menor, assim como escutar “o profundo sofrimento de seus pais”.
“É minha sincera esperança que seja feito todo o possível para continuar acompanhando o pequeno Alfie Evans e que o profundo sofrimento de seus pais seja ouvido. Estou rezando por Alfie, por sua família e por todos os envolvidos”, disse o Papa em 4 de abril através da sua conta no Twitter.
Em resposta, o “Exército de Alfie”, grupo de apoio de milhares de pessoas que buscam salvar o menino e permanece ativo nas redes sociais, agradeceu a saudação do Santo Padre.
“Sua santidade, obrigado por seus profundos pensamentos e orações por Alfie e seus pais”, disseram.
Alfie Evans é um menino de apenas 22 meses que tem uma condição neurológica degenerativa e está passando por uma luta difícil para sobreviver na Inglaterra; um caso que chamou a atenção de todo o mundo.
Seus pais, Tom Evans e Kate James, estão pedindo a transferência do filho ao Hospital Pediátrico Bambino Gesú, em Roma, mais conhecido como Hospital do Papa, para o seu diagnóstico e tratamento possível.
Deste modo, levaram o caso ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos de Estrasburgo (TEDHE), depois de ficarem sem opções legais na Inglaterra. Mas, três juízes consideraram que o pedido era “inadmissível” em 28 de março.
A decisão foi conclusiva, disse o Tribunal, acrescentando que também rejeitaram o pedido a fim de impedir a retirada do tratamento como uma “medida provisória”.
Semanas antes, em 6 de março, três juízes da Corte de Apelação da Inglaterra já tinham negado um recurso apresentado pelos pais do menino, depois que ambos apelaram a decisão da Corte Suprema que permite ao Alder Hey Children’s Hospital, de Liverpool, desconectar o suporte vital da criança.
O caso de Evans se assemelha ao de Charlie Gard, um menino inglês que tinha uma doença terminal e faleceu em julho de 2017, depois que desconectaram o seu suporte vital, também contra a vontade de seus pais.
Gard tinha 11 meses e esteve no centro de um debate legal, de meses de duração. Os médicos do Hospital Great Ormond Street, que cuidaram de Gard, também foram ao tribunal a fim de desconectar o seu suporte vital.
Fonte: Acidigital