“A Igreja, de sua parte, não quer outra coisa a não ser contribuir para a paz e o bem comum da sociedade”, disse o Papa.
Cidade do Vaticano
Ao final da Audiência Geral, desta quarta-feira (23/01), o Papa Francisco fez mais um apelo em favor da paz na República Democrática do Congo (RDC).
No último domingo (21/01), pelo menos seis pessoas morreram e quarenta e nove ficaram feridas na repressão a protestos contra a permanência no poder do presidente Joseph Kabila.
Segundo a Missão das Nações Unidas no Congo (Monusco), todas as mortes ocorreram na capital, Kinshasa, e em todo o país houve feridos e detidos nas manifestações.
“Infelizmente, continuam chegando notícias preocupantes da República Democrática do Congo. Portanto, renovo o meu apelo para que todos se empenhem em evitar toda forma de violência. A Igreja, de sua parte, não quer outra coisa a não ser contribuir para a paz e o bem comum da sociedade”, afirmou o Papa no apelo.
Papa apelo pela paz na RDC
Ainda sobre a RDC temos a notícia de que foram sequestrados, na última segunda-feira (22/01), o sacerdote Pe. Robert Masinda e cinco agentes pastorais da Diocese de Butembo-Beni, situada na província do Kivu do Norte.
O sacerdote trabalha na Paróquia de Bingo, a cerca de doze quilômetros da cidade de Beni. Os seis homens congoleses foram sequestrados na saída da fazenda onde trabalhavam e obrigados a deixar o automóvel em que estavam.
“Conheço muito bem Pe. Robert. É responsável por um centro agrícola diocesano autossustentável, que inclui também a Diocese de Noto”, disse à Agência Sir o missionário comboniano, em Butembo, Pe. Eliseo Tacchella.
Ainda no domingo, no Kivu do Norte, três civis foram mortos provavelmente por rebeldes ugandenses muçulmanos das Forças Democráticas Aliadas (Adf), milícia contra a qual o Exército congolês está combatendo há muito tempo.
Os ataques ocorreram, em Beni, onde há dez dias as Forças Armadas de Kinshasa combatem contra as Forças Democráticas Aliadas.
Solidariedade da CEI
A Conferência Episcopal Italiana (CEI) manifestou solidariedade à Igreja, ao povo e aos bispos congoleses.
Num comunicado, o Conselho Episcopal Permanente sublinha que o sequestro do Pe. Masinda e cinco agentes pastorais congoleses manifestam o mal-estar há muito tempo presente na República Democrática do Congo.
Trata-se do sexto sacerdote sequestrado desde 2012, junto a religiosas e leigos, num contexto em que a população civil do Kivu do Norte está submetida cotidianamente a todo tipo de opressão das várias milícias armadas.
Além disso, a situação política nacional é delicada, marcada por repressão contra os católicos que, em 31 de dezembro passado, protestaram e continuam protestando pacificamente contra aqueles que impedem a realização das eleições no país.
A CEI pede a Deus os seus dons de justiça, reconciliação e paz.
No último domingo, o Papa Francisco fez um apelo pela paz na República Democrática do Congo, durante o Angelus na Praça das Armas, em Lima, no Peru.
Fonte: Rádio Vaticano