Celebra-se neste 18 de julho o Dia Internacional Nelson Mandela, que este ano recorda o 100º aniversário do nascimento do líder sul-africano e vencedor do Prêmio Nobel da Paz. No Twitter, o Papa Francisco recordou a data com a seguinte mensagem: “Jesus nos convida a construir juntos a civilização do amor nas situações em que vivemos todos os dias”.
Em mensagem para a ocasião, o secretário-geral da ONU, António Guterres, diz que Mandela “foi um grande defensor global da justiça e da igualdade” e que “continua a inspirar o mundo com seu exemplo de coragem e compaixão”.
O caminho a seguir
António Guterres lembra que o ex-presidente da África do Sul “foi mantido em cativeiro por muitos anos”, mas que “nunca se tornou prisioneiro de seu passado”. Em vez disso, Mandela “colocou sua energia na reconciliação e em sua visão de uma África do Sul pacífica, multiétnica e democrática”.
O secretário-geral diz que este dia serve para comemorar “uma vida inteira de serviço” e que “raramente uma pessoa na História fez tanto para estimular os sonhos das pessoas e movê-las para a ação”. Guterres acredita que essa luta pela igualdade, dignidade e justiça continua. Segundo ele, o legado de Madiba, como o líder ficou conhecido, mostra o caminho a seguir.
Celebração
Este ano, a Fundação Nelson Mandela dedica o Dia à ação contra a pobreza. Segundo a fundação, o objetivo é “honrar a liderança e devoção de Nelson Mandela no combate à pobreza e na promoção de justiça social para todos”.
Na sede da ONU, em Nova Iorque, uma exposição destaca as principais contribuições de Mandela para a paz e segurança, direitos humanos e desenvolvimento sustentável. A exposição foi inaugurada em 9 de julho e pode ser visitada até 2 de setembro. A ONU também emitiu um selo em homenagem ao centenário de Mandela.
Estabelecido em 2009 pela Assembleia Geral, este Dia convida todos a fazerem a diferença nas suas comunidades. A ONU diz que o centenário é “uma ocasião para refletir na sua vida e legado, e para seguir a sua chamada para tornar o mundo um lugar melhor”.
O povo no coração
Passados cinco anos de sua morte, Madiba permanece vivo sobretudo na memória das pessoas que o conheceram, como George Johannes, embaixador da África do Sul junto à Santa Sé. “A sua herança é o testemunho de que não importa quanto seja desesperadora ou difícil uma situação. Se há determinação e vontade, é possível dialogar e chegar a uma solução. Nós chamamos isso de ‘efeito Mandela’”, declarou o embaixador ao Vatican News.
O diplomata recorda Nelson Mandela com afeto. “Ele foi um dos primeiros a dizer: deem metade do meu salário aos pobres. Um dia, estávamos juntos no carro e eu pedi para ver suas mãos, endurecidas pelos anos de trabalho forçado quebrando pedras em Robben Island. E ele me disse: ‘Se você se tornar um político, deve ter sempre o povo no coração’.”
Com informações do VaticanNews
Fonte: CNBB