A Nunciatura Apostólica no Brasil comunicou nesta quarta-feira, 06 de junho, a decisão do papa Francisco em acolher o pedido de renúncia ao governo pastoral da diocese de Bagé, no Rio Grande do Sul, apresentado por dom Gílio Felício.
Dom Gílio
Nomeado bispo auxiliar da arquidiocese de Salvador (BA) em 1998, pelo papa João Paulo II, dom Gílio escolheu como lema de vida episcopal “Evangelizar a todos”. Foi o criador da Pastoral Afro na arquidiocese soteropolitana. Em dezembro de 2002, foi nomeado bispo da diocese de Bagé, no Rio Grande do Sul. Tomou posse em março de 2003. Até 2007 tinha sido o coordenador nacional da Pastoral-Afro Brasileira. Desde 2011 era membro do Conselho Econômico e Social do Estado do Rio Grande do Sul.
Saudação
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou saudação a dom Gílio. O texto é assinado pelo secretário-geral da entidade, dom Leonardo Steiner. Confira, abaixo, a mensagem na íntegra:
Mensagem de agradecimento da CNBB a dom Gílio Felício
Prezado Irmão, dom Gílio Felício.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por ocasião na qual o Santo Padre aceitou sua renúncia ao governo da diocese de Bagé (RS), vem manifestar o seu agradecimento pelo trabalho pastoral realizado pelo senhor, na Igreja.
A biografia do senhor registra uma caminhada de grande empenho pela evangelização. O testemunho dado pelo povo a respeito de sua pessoa e do seu ministério contém elementos que nos levam a louvar bendizer a Deus, principalmente no combate e na superação do racismo no Brasil.
Buscamos nas palavras do Papa Francisco uma inspiração para agradecer o senhor pela dedicação em seu ministério episcopal: “’A vida se alcança e amadurece à medida que é entregue para dar vida aos outros”. Isto é, definitivamente, a missão’” (EG, 10).
Seu lema episcopal “Evangelizar a todos” é, na verdade, um convite que se estende a todos nós e um incentivo missionário. Lembramos o Papa Emérito, Bento XVI quando falou, em 2008, aos bispos de Hong Kong: “’A todo o homem e mulher foi-lhe concedido pelo Senhor o direito de ouvir o anúncio de que Jesus Cristo ‘me amou e Se entregou a Si mesmo por mim’ (Gal 2, 20). A tal direito corresponde um dever de evangelizar: ‘Se anuncio o Evangelho, não tenho de que me gloriar, pois que me é imposta esta obrigação: Ai de mim se não evangelizar!’ (1 Cor 9, 16; cf. Rom 10, 14). Na Igreja, toda a atividade tem uma dimensão evangelizadora que é essencial, pelo que não deve jamais ser dissociada do compromisso de ajudar a todos a encontrarem Cristo na fé, que é o objetivo primário da evangelização”.
Com o nosso abraço fraterno, em Cristo,
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Secretário-Geral da CNBB
Fonte: CNBB