Jane Nogara – Vatican News
Na manhã desta quinta-feira (24) o Papa Francisco recebeu os Irmãos Maristas que participam da Conferência Geral da Ordem, na ocasião recordou aos presentes que nestes momentos de reflexões e verificações todos devem se recordar de sempre olhar em frente “com as indicações dos Capítulos”. Referindo-se a tais indicações o Papa salientou algumas delas tendo como base, “a Palavra de Deus”. “É fácil de dizer, mas não é fácil fazer! – continuou Francisco – Especialmente quando a Palavra nos pede para ‘olhar além’, ‘olhar para o além’, como diz o título de sua Conferência”. E completa: “Além da mentalidade mundana, além de interesses míopes, além de uma perspectiva parcial, a fim de abrir-se para o horizonte de uma fraternidade universal”.
Família dos Irmãos Maristas
Descrevendo os Irmãos Maristas como uma família multicultura e multiétnica, Francisco exortou os presentes a “superar fronteiras, não tanto geográficas, mas de mentalidade. Isso não significa abandonar suas próprias raízes, absolutamente não!”.
Afirmando em seguida:
Marcelino Champagnat
“Para os Irmãos Maristas – continuou – isto significa permanecer fiéis ao serviço de educação e de evangelização dos jovens, de acordo com o carisma de São Marcelino Champagnat. Ele sabia como ‘olhar além’, e como ensinar os jovens a ‘olhar além’, a abrir-se a Deus, aos horizontes do amor segundo o Evangelho”. Francisco recordou também que os ensinamentos de Champagnat eram guiados pelo exemplo da Virgem Maria, a “boa Mãe”, a mulher simples que olhava “além”, para o “horizonte do Reino de Deus” e isso transparece no Magnificat. E o Papa sugeriu:
Educação Integral
Em seguida o Papa falou sobre a educação e ensinamentos dos maristas, que deve ser conjugado com a realidade que muda, sugerindo ainda: “Os jovens estão demonstrando sensibilidade e interesse pela ecologia. Aqui existe um grande campo para a educação, porque infelizmente a mentalidade mundana – permitam-me o trocadilho – também polui a ecologia, a reduz, torna-a ideológica e superficial. Em vez disso – advertiu – o horizonte de Deus é o de uma ecologia integral, que mantém sempre unidas as dimensões ambiental e social, o grito da Terra e o grito dos pobres….
Recordando em seguida aos Irmãos Maristas que as crianças e jovens estão “predispostos a se tornarem guardiões da criação, mas precisam aprender que isto não é apenas um slogan, não apenas uma denúncia, mas um modo de vida, exigindo paciência, fortaleza, temperança, justiça. Em resumo, não se nasce um guardião da criação, mas se torna um através de um caminho educacional”.
Por fim, Francisco disse aos presentes que o exemplo da ecologia “pode ser aplicado a outros campos, tais como o compromisso social e político, como o campo da comunicação, ou mesmo antes do campo do estudo e do trabalho, visto sob a perspectiva da promoção integral da pessoa”.