Papa recebe peregrinos espanhóis
Vatican News
O Papa recebeu um grupo de peregrinos ligados ao Mosteiro das Agostinianas de Talavera de la Reina, na Espanha, que estão concluindo as celebrações dos 450 anos de fundação.
Desde sua criação, o mosteiro uniu a vida contemplativa ao serviço da educação cristã, mas ao grupo, Francisco falou de modo especial sobre a alegria, usando um termo específico: avinagrar.
“Quando um cristão, mais ainda uma religiosa, um religioso, perde o sentido do humor, se ‘avinagra’, e é tão triste ver um sacerdote, um religioso, uma freira ‘avinagrado’. Estão conservados no vinagre”, disse o Santo Padre em meio às risadas dos peregrinos.
“Um santo triste é um triste santo”, afirmou ainda o Papa, falando da importância de ter sempre o sorriso sobre os lábios. Mas não um sorriso qualquer e sim o sorriso que brota do coração, sem fingimento.
Outro conselho dado por Francisco foi sempre ter no coração as necesidades de quem sofre, em referência às vítimas das chuvas na Espanha. Na quarta-feira, o Papa recordou que na Praça São Pedro, por ocasião da Audiência Geral, estava presente uma imagen de Nossa Senhora dos Desamparados:
“Vocês sabem que há pessoas desempregadas? E quando alguém se lamenta que tem muito trabalho, pensem em quem não tem. Há pessoas que não podem pagar aluguel e serão desalojadas”, disse o Pontífice. Os religiosos, acrescentou, devem ter consciência de que quando entram num convento ou na casa paroquial, não correm o risco de ficarem desamparados e, por isso, devem pensar em quem dorme ao relento, em qualquer situação, debaixo de neve e chuva.
Antes de concluir, Francisco rezou com o grupo a oração do bom humor de São Tomás Moro:
“Senhor, dai-me uma boa digestão, mas também algo para digerir.
Concede-me a saúde do corpo, com o bom humor necessário para mantê-la. Dai-me, Senhor, uma alma simples, que saiba aproveitar tudo o que é bom e puro para que não se assuste diante do pecado, mas encontre o modo de colocar de novo as coisas em ordem.
Concede-me uma alma que não conheça o tédio, as murmurações, suspiros e lamentos, e não permitais que eu sofra excessivamente por esse ser tão dominante que chama “Eu”.
Dai-me, Senhor, senso de humor!
Concede-me a graça de compreender as piadas, para que conheça na vida um pouco de alegria e possa comunicá-la aos demais. Amém.”