Os objetivos da educação católica

A educação não deve envolver apenas a memorização dos fatos, mas o aprendizado das virtudes

Por quase 200 anos, a educação no mundo ocidental concentrou-se quase inteiramente na memorização de fatos ou no sucesso do aluno em testes padronizados. Grande parte das escolas tem se preocupado mais com as notas do que qualquer outra coisa.

Embora certamente seja importante ser bem educado e ter a capacidade de recordar fatos sobre assuntos específicos, a educação católica deve se destacar por sua insistência na importância de uma vida virtuosa, não apenas em uma vida cheia de “conhecimento de cor”.

São João Paulo II enfatizou esse objetivo espiritual da educação em um discurso que ele proferiu a um grupo de bispos dos Estados Unidos:

“A educação católica visa não apenas comunicar fatos, mas também transmitir uma visão coerente e abrangente da vida, com a convicção de que as verdades contidas nessa visão libertam os estudantes no significado mais profundo da liberdade humana … Na escola católica não há separação entre tempo para aprender e tempo para formação, entre adquirir noções e crescer em sabedoria. As várias disciplinas escolares não apresentam apenas conhecimentos a serem alcançados, mas também valores a serem adquiridos e verdades a serem descobertas.”

Os fatos e as teorias são importantes e têm seu lugar, mas não devem ser sobrepostos à prática da vida moral.

No livro The Curriculum of the Catholic Elementary School (publicado em 1919), George Johnson comenta esse item importante da educação:

“A escola deve ajudar a criança a desenvolver atitudes adequadas. É inútil, por exemplo, ensinar à criança muitas coisas sobre os deveres de um cidadão, a menos que a criança seja ao mesmo tempo levada a sentir a necessidade de manter os ideais de boa cidadania. Uma criança pode ser capaz de passar por um exame muito digno de crédito sobre a natureza da virtude cristã, mas, a menos que sinta no íntimo de sua alma o valor da virtude cristã, seu conhecimento será realmente vazio.”

Os testes certamente têm seu lugar e devem ser usados, mas é assim que seremos julgados no final? Deus ficará preocupado com o nosso conhecimento da fé católica? Ou ele vai olhar para as nossas ações?

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