Oração e esperança 11 meses após sequestro de sacerdote no Níger

O trabalho do padre Pierluigi Maccalli entrava em choque com práticas das culturas tradicionais africanas, o que pode ter motivado o sequestro.

Cidade do Vaticano

Em 17 de agosto completou onze meses do desaparecimento do padre Gigi Maccalli, da Sociedade para as Missões Africanas, sequestrado em Bomoanga em setembro de 2018.

“Certamente não foi o primeiro sequestro do qual ouvimos falar – contam dois amigos do missionário à Agência Fides – mas foi o primeiro que dizia respeito a nós de forma assim tão próxima. Parecia impossível. Naquele dia, a notícia de seu sequestro foi repetida em todos os noticiários, que acompanhamos sempre esperando novos detalhes”.

Desde o dia do sequestro, seguiram-se estes onze meses de espera, de silêncio, de esperança e de oração, “uma oração – explicam seus amigos –  que envolveu todos aqueles que nesses anos, e por diferentes razões, entraram em contato com o padre Gigi, compartilhando com ele o entusiasmo pela missão, envolvendo-se nos projetos em favor das pessoas (água, saúde, escola e tantos outros), criando vínculos”.

E é justamente a oração que mantém vivas a esperança e a confiança da libertação do sacerdote sequestrado em setembro de 2018. Seus amigos comprometem-se a rezar diariamente, de forma individual, nas suas intenções, e uma vez por semana, todos se encontram para interceder por ele.

“Temos certeza de que ele também reza por nós, afirmam seus amigos. Conhecendo-o, certamente o fato de não podermos ter notícias dele será um peso para ele, mas ele contará com aquele “telefone sem fio” que é a oração”.

“Nós o conhecemos pouco antes de ser ordenado, durante uma visita a Walter, seu irmão seminarista em Gênova. Era já apaixonado pela África. Um amor pela missão reiterado, podemos dizer, em cada carta, em cada discurso. Três anos depois, às vésperas de seu juramento perpétuo, nos escrevia de Bondoukou: “O meu juramento perpétuo no seio da comunidade SMA é um compromisso de fidelidade e de consagração à missão e a estas Igrejas da África no serviço aos pobres. Eu vim para servir e este permanece o horizonte da minha vocação sacerdotal”.

“Talvez, nunca tenha chegado a pensar, assim sempre tão cheio de iniciativas, em chegar a ser, como ele é hoje, um missionário “contemplativo”, nesta particular clausura. Porque é assim que vemos hoje a missão do padre Gigi: uma missão orante, missão que continua, embora de maneira diferente e que, sem o seu e o nosso conhecimento, dará frutos”.

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