O Papa Francisco enviou uma mensagem aos fiéis reunidos no Santuário Nacional de Anchieta, que aguardavam a notícia da canonização do Apóstolo do Brasil.
Uma salva de palmas e o repicar dos sinos acompanharam a leitura da mensagem do Pontífice, que foi assinada pelo Secretário de Estado, Card. Pietro Parolin.
No texto, Francisco recorda as “incontáveis peripécias, dificuldades e perigos” que o missionário jesuíta enfrentou, revelando que seu segredo era a fé, “alicerçada no Senhor Jesus com quem se encontrava e a quem se unia na Eucaristia”.
O Santo Padre “encoraja todos os seus devotos a tornarem-se discípulos-missionários de Jesus, sobre todos implorando, pela intercessão de São José de Anchieta, a constante assistência divina em penhor da qual lhes concede uma particular Bênção Apostólica”.
Eis a íntegra da mensagem:
«Sua Santidade o Papa Francisco saúda com particular afeto os fiéis reunidos no Santuário Nacional de Anchieta para agradecer à Santíssima Trindade a canonização do «Apóstolo do Brasil», a quem pede que lhes alcance de Deus a graça de viverem como ele ensinou. Na sua existência, enfrentou incontáveis peripécias, dificuldades e perigos com o mesmo espírito de São Paulo. «Nada é difícil – lê-se numa carta do nosso amado Santo – para aqueles que acalentam no coração e têm como fim único a glória de Deus e a salvação das almas, pelas quais não hesitam em dar a sua vida». O segredo deste homem era a fé, alicerçada no Senhor Jesus com quem se encontrava e a quem se unia na Eucaristia. Isto era possível porque se entregara a Nossa Senhora, deixando-A tomar conta dele enquanto ele nutria um terníssimo amor por Ela. Ao lembrar-lhes o exemplo deste incansável evangelizador, o Santo Padre encoraja todos os seus devotos a tornarem-se discípulos-missionários de Jesus, sobre todos implorando, pela intercessão de São José de Anchieta, a constante assistência divina em penhor da qual lhes concede uma particular Bênção Apostólica.
Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado».
O Santuário localiza-se numa encosta do morro do Rio Benevente, na antiga aldeia de Reritiba, núcleo histórico da atual cidade de Anchieta. No Santuário, encontra-se a igreja de Nossa Senhora da Assunção, título de devoção de Anchieta, que foi erguida em 1564 para servir de escola de catequização de índios. O altar conserva parte de sua pintura original e, nos fundos, uma escada leva até a “cela” – quarto onde o beato viveu e morreu.
O santuário inclui um museu com imagens e antigos objetos litúrgicos.
Fonte: Rádio Vaticano