O ressuscitado: vida da comunidade cristã

    Jesus Ressuscitado está presente na comunidade, dando início à nova criação. Os cristãos sentem sua presença na ação do Espírito que os move à implantação do projeto de Deus na história. A comunidade é chamada a ter fé madura que não exige sinais extraordinários para perceber Jesus presente nela. Basta que faça contínua memória dos gestos e palavras de Jesus, partilhe os bens e a vida para perceber que Deus está presente nela, operando de novo prodígios e sinais.

    Celebramos a Eucaristia, gesto supremo de amor daquele que o Pai ressuscitou dentre os mortos, herança que jamais perde seu valor. Nós não o vemos; não sabemos tudo a respeito dele, mas nele acreditamos e a ele nos entregamos para construir o mundo novo.

    O Evangelho questiona nossas comunidades “de portas fechadas”. Como ser comunidade messiânica no mundo em que vivemos? Certamente, não é fácil. O mundo anda muito conturbado. Há uma variedade de meios de comunicação, mas as essas se atropelam e não se comunicam. É preciso pedir a Jesus que nos envie seu Espírito. Este nos dará força, coragem e discernimento. E é preciso ter uma fé amadurecida que entende que precisamos sair de nós mesmos e ir de encontro aos outros.

    A primeira leitura(cf. At 2,42-47) do segundo domingo da Páscoa nos estimula a traçar o perfil de nossas comunidades, comparando-as com a dos primeiros cristãos, cujas bases eram o conhecimento de Jesus Cristo, a fraternidade, a partilha, a Eucaristia e o louvor a Deus.

    A segunda leitura(cf. 1Pd 1,3-9) ilumina  a realidade dos cristãos dispersos, ensinando-os a resistir no Senhor, em nome da fé e do amor, contra  todo tipo de sociedade que não traduz o projeto de Deus, que é vida e liberdade para todos.

    A liturgia dos domingos da Páscoa visa nos ajudar a entender realmente o projeto de Deus, que não é bom para uns e sacrifício para outros, mas que, posto em prática é paz e felicidade plena para todos e cada um de nós.

    O mundo está muito disperso, não se cultiva a fraternidade, o amor, a solidariedade. É preciso que cada um de nós individualmente reflita a luz que recebemos de Jesus e, unidos aos outros, possamos formar uma grande luz que chegará a todos os homens para que o mundo conheça e experimente a paz e a alegria do Senhor.

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