Domingos Pinto – Lisboa
“O Pontificado do Papa Francisco é todo ele missionário, desde o começo, desde que ele apareceu naquele dia à varanda do Vaticano até hoje tem sido sempre um espírito missionário”.
Palavras em entrevista ao portal da Santa Sé do padre António Lopes, diretor das Obras Missionárias Pontifícias no balanço do Ano Missionário Especial convocado pela Conferência Episcopal Portuguesa e do Mês Missionário Extraordinário proposto pelo Papa Francisco.
“Foi ele que nos chamou para este mês extraordinário da missão. É ele que nos tem convocado para grandes mudanças quando fala, por exemplo, da igreja em saída, é de fato esta igreja missionária que ele tem no seu olhar e no seu horizonte”, diz o padre António Lopes.
“Aquilo que os nossos bispos quiseram foi que toda a gente, todas as paróquias, em todas as dioceses, em todos os grupos e movimentos se redescobrisse este ardor e ânimo missionário. Este é o objetivo principal”, sublinha o diretor das Obras Missionárias Pontifícias que lembra que “a Missão é de coração a coração, de Pessoa a Pessoa”.
“Uma igreja que não fica adormecida, e nem se encerra em si mesma com medo, mas que sai pela força e impulsionada pelo Espírito Santo como no primeiro Pentecostes”, sublinha o sacerdote que considera que “a missão hoje, mais do que até palavras, é dada pelo testemunho vivencial “.
O padre António Lopes realça ainda a forma dinâmica e intensa como foi vivido o Ano Missionário em Portugal, com várias iniciativas nas comunidades cristãs no Porto, Beja, Santarém, entre outras dioceses do país.
No caso de Aveiro, por exemplo, “no dia de abertura fez tocar os sinos em todas as igrejas da diocese e enfeitar a porta, abrir a porta do Ano Missionário”.
“Podíamos fazer mais? Talvez. Podíamos fazer melhor? Acho que sim. Fizemos aquilo que fizemos, mas aquilo que fizemos, fizemo-lo conscientes que era de fato animados pela missão?”, interpelações que padre António Lopes deixa nesta entrevista e com um grande desafio: “Sem encontro com Jesus Cristo, não há missão”.