Benedetta Capelli – Vatican News
Pela primeira vez é possível indicar candidatos ao Prêmio Zayed da Fraternidade Humana criado em 2019. Este prêmio foi concedido anteriormente ao Papa Francisco e ao Grande Imame de Al-Azhar, Ahmad al Tayyeb por assinarem o Documento da Fraternidade em Abu Dhabi em 2019. Segundo uma declaração dos patrocinadores, serão levados em consideração os candidatos que “estiverem profundamente comprometidos com iniciativas que aproximam as pessoas e promovem a convivência pacífica”. O processo de seleção será concluído até 1º de dezembro e o vencedor ou vencedores serão anunciados em 4 de fevereiro de 2021. O premiado receberá um milhão de dólares.
Compromisso com a convivência pacífica
O prêmio é uma homenagem ao xeque Zayed bin Sultan al Nahyan, fundador dos Emirados Árabes Unidos, conhecido pelos seus valores de humildade e respeito que o prêmio pretende celebrar. “As indicações – afirma-se – podem ser feitas por membros do governo, ex-chefes de Estado, juízes do Supremo Tribunal, líderes das Nações Unidas, personalidades acadêmicas e culturais de destaque, chefes de ONGs internacionais e membros do HCHF (Comitê Superior da Fraternidade Humana), que reúne pessoas de todo o mundo no espírito de convivência pacífica e é composto por líderes religiosos internacionais, estudiosos e figuras culturais de destaque).
A juria será composta por uma comissão formada pela ex-presidente da República Centro-Africana Catherine Samba-Panza, Muhammad Jusuf Kalla, ex-vice-presidente da República da Indonésia, Michaelle Jean, ex-governadora geral do Canadá, também o cardeal Dominique Mamberti, prefeito do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica e Adama Dieng, ex-conselheiro especial da ONU para a prevenção do genocídio.
Uma mudança positiva
O juiz Mohamed Abdulsalam, Secretário Geral do Comitê Superior da Fraternidade Humana, reiterou que se sente honrado em ser o responsável por esta iniciativa que fortalece as relações humanas, incentiva a construção de pontes de diálogo e melhora a compreensão e a cooperação entre as nações.
Enquanto que Adama Dieng destacou a importância de reconhecer aqueles que “com abnegação e incansavelmente” trabalham para “conseguir mudanças reais e positivas” além das divisões que são sempre inimigas do progresso, impedem o “compartilhamento do conhecimento necessário para inovações revolucionárias” e encorajam “mal-entendidos que podem levar ao conflito e à violência”.