O Evangelista do Ano “A”: São Mateus

    Texto de referência. Jesus chama Mateus (Mc 2,13-17; Lc 5,27-32). Ao passar, Jesus viu sentado na coletoria de impostos, um homem que se chamava Mateus. Disse-lhe “segue-me”. Ele se levantou e o seguiu. (Mt 9,9)

    1º A Igreja possui 4 Evangelhos, que devem ser mais e melhor conhecidos, para serem, devidamente, acolhidos e vividos. Os apóstolos foram enviados, para evangelizar e batizar, formando novos discípulos e: seguidores do Mestre (cf. Mt 28,17-20). Jesus se preocupou logo em formar os discípulos e a Igreja deve continuar tal missão: nutrindo seus filhos, com a Palavra do Senhor e com a Eucaristia, (DV. 21) para que possam, até o fim, continuar a edificar o Reino de Deus, do qual –Ele-(Jesus) é o fundamento inexpugnável. 1.1 A Igreja apresenta os evangelhos e sua proclamação litúrgica, para serem melhor vivenciados, assim: Ano “A” (Mateus), Ano “B” (Marcos) e Ano “C” (Lucas). Aquele de João, ficou mais para tempos e ocasiões especiais, pois apresenta de modo mais profundo e místico o seguimento de Jesus Cristo.

    2º Mateus:(Mt 9,9) é publicano. Portanto, tido como pecador. No entanto, Jesus o chamou, transformou e enviou. Ele, também, hoje sabe, quem somos, e quem deveríamos ser ou tornar-nos. 2.1 Mateus usou didática e pedagogia mais pessoal: colocou em ordem as Palavras de Jesus. Este não foi professor de religião ou de teologia, mas o Mestre e profeta do novo povo de Deus. Mateus escreveu seu Evangelho para todos, mas especialmente, para os provenientes do Judaísmo. Lembra a infância de Jesus, apresentando-o, sobretudo como descendente longínquo de Davi. 2.2 Analisando Mateus, parece-nos constatar que Jesus escolheu certos dias, para fazer sermões, pregações do Reino (Mt 3-16), outros, para contar parábolas (Mt 13), valendo-se, outrossim, de alguns dias para fazer milagres (Mt 8-13), (trata-se do método próprio de Mateus) preparando a comunidade, visando, no entanto, a edificação da Igreja (Mt 16,16-18) que resultaria da sua atividade evangelizadora. Mateus é o único evangelista, que emprega o termo “ecclesia”: Igreja (Mt 16,18).

    3º Teologia. Nela Jesus aparece, como Messias, o Filho de Davi, que realizou o que foi anunciado na lei e pelos profetas. Jesus, já, é o Reino personificado e por Ele inaugurado. Deste, a Igreja que Ele fundou, é a continuadora. Ele (Jesus) é o Emanuel o (Deus conosco), o Mestre, bem como, o supremo pastor e Senhor, a quem devemos acolher. 3.1 A moral de Jesus não é um código de leis, mas a coerente atitude dos ouvintes, de conformar sua vida à do Mestre. Trata-se de um seguimento amoroso e transformador, mesmo sendo, bastante exigente (cf. Sermão da montanha; Mt 5,1-48). Em outras palavras, isto exige viver como filhos, diante do Pai, e como irmãos, diante dos outros. Portanto, a vivência da Sua moral, não leva tanto ao templo, mas à casa do Pai: o céu. A Igreja, para Mateus é inseparável de Jesus, o qual se distancia do Judaísmo oficial, propondo seu próprio projeto eclesial: comunidade filial, amorosa, justa e fiel ao Senhor, servindo aos irmãos.  Na Igreja de Jesus os apóstolos tinham lugar particular, bem como a Palavra e a Eucaristia: esta, tendo sempre o lugar central.

    4º Leiamos, pois, o Evangelho de São Mateus, para convertermo-nos, como ele. Foi publicano, mas tornou-se discípulo, evangelizou, longe da pátria, onde morreu pelo Mestre, como este morrera por todos nós.

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