O consumo assustador de “antidepressivos” no Brasil

    O país mais ansioso do mundo e o mais depressivo da América Latina.

    Boa parte do povo brasileiro vive a tragédia do teatro grego, ou seja, a máscara de alegria, de bom humor e de felicidade é uma farsa patológica. O país do futebol, do carnaval, das novelas, das belas praias e de tantas religiões, consumiu só em 2018, de acordo com dados do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), cerca de 56,6 milhões de caixas de ansiolíticos.

    O consumo de benzodiazepínicos, medicamentos popularmente conhecidos como “ansiolíticos” ou “calmantes”, também tem se tornado quase banal, parte da rotina com os antidepressivos.

    Os mais receitados pelos médicos, são eles: alprazolam, bromazepam, clonazepam, diazepam, lorazepam, flunitrazepam, midazolam e zolpidem.

    As vendas de zolpidem, um poderoso medicamento para dormir, cresceram 560% entre 2011 e 2018 no Brasil, país com 73 milhões de pessoas que sofrem de insônia, segundo a Associação Brasileira do Sono.

    O campeão de vendas é o clonazepam (nome comercial Rivotril): 233,3 milhões de caixas em oito anos. Foram comercializadas 19,8 milhões de caixas em 2018. No entanto, esse número já chegou a 37,9 milhões em 2015. Foram comercializadas 19,8 milhões de caixas em 2018. No entanto, esse número já chegou a 37,9 milhões em 2015.

    O psiquiatra Rodrigo Martins Leite, diretor dos ambulatórios do IPq (Instituto de Psiquiatria) do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), diz “os momentos sociais ruins fazem com que as pessoas também tenham uma percepção pior da saúde mental”. O medicamento, diz ele, “é a saída mais rápida”.

    O Brasil é o país mais ansioso do mundo

    O Brasil sofre uma epidemia de ansiedade. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o país tem o maior número de pessoas ansiosas do mundo: 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) convivem com o transtorno.

    O Brasil é o país mais depressivo da América Latina

    Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) dão conta de que o Brasil é o país com maior prevalência de depressão da América Latina e o segundo com maior prevalência nas Américas, ficando atrás somente dos Estados Unidos.

    “Apesar de a depressão atingir sujeitos de todas as idades, o risco se torna maior na presença de pobreza, desemprego, morte de um ente querido, ruptura de relacionamento, doenças, uso de álcool e de drogas”.

    Conclusão

    A depressão pode causar à pessoa afetada um grande sofrimento e disfunção no trabalho, na escola ou no meio familiar. Na pior das hipóteses, a depressão pode levar ao suicídio. Cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano – sendo essa a segunda principal causa de morte entre pessoas com idade entre 15 e 29 anos. Quem sofre de ansiedade e depressão deve procurar ajuda profissional. Dentro dessa abordagem obtém a terapia, educação alimentar, exercícios físicos e uma nova configuração em prol da saúde física, emocional e mental.

    Dr. A. Inácio José do Vale

    Psicanalista Clínico, PhD

    Trabalha Clinicando na Comunidade de Ação Pastoral – CAP

    Professor de Pós-Graduação na Faculdade Norte do Paraná

    Membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise Contemporânea/RJ.

    Fontes:

    https://noticias.r7.com/saude/brasil-consome-566-milhoes-de-caixas-de-calmantes-e-soniferos-03072019

    https://noticias.r7.com/saude/uso-de-remedio-para-dormir-cresce-560-em-oito-anos-03072019

    https://noticias.r7.com/saude/brasil-e-o-pais-mais-ansioso-do-mundo-segundo-a-oms-05062019

    Brasil é o país mais depressivo da América Latina, aponta OMS

    https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/brasil-e-o-pais-mais-deprimido-e-ansioso-da-america-latina/

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