O Avanço enlouquecedor da crueldade

    É terrivelmente assustador o crescimento da violência, da criminalidade, do consumo das drogas, das doenças, do consumismo depressivo, da corrupção, do terrorismo, da desigualdade social, do individualismo idolátrico pelo poder. Vivemos os extremismos da carnificina humana, do desrespeito pela dignidade das pessoas e seus direitos, a desconstrução dos valores éticos. A ideologia é enlouquecer, lucrar com a cultura de morte! A crueldade das guerras, a criação de vírus mortais, alimentos danosos e a maldade do ataque cibernético que prejudica o sistema de computadores no mundo inteiro. A perversidade, mentiras e difamações propagadas pelas derdes sociais. Na onda das redes sociais, a espetacularização é navegar no mar de tubarões e de piranhas, e nós sabemos o fim desses nadadores. Projetam divisão na política, separação familiar e cismas religiosos e o sectarismo fundamentalista para perseguir, difamar e matar em nome de Deus. As incompatibilidades religiosas e seus escândalos caminham na mesma velocidade da internet e o conjunto da maldade  na sociedade avança no mesmo nível da ciência e da tecnologia. A mídia é uma indústria de produzir boçais e motivar a luxúria. É uma marca deplorável da nossa era: a indiferença e o descaso entre as pessoas que vivem na mesma casa, no mesmo local de trabalho, na sala de aula e na comunidade religiosa. Nesse contexto o desamor, a ausência de afetividade, o assédio moral e a destruição emocional do seu semelhante. Tem-se  usado demais  a palavra ofensiva e com violência avassaladora como armas mortais. O signo da pós-modernidade é avanço enlouquecedor da crueldade.

    Estado Islâmico

    O grupo Estado Islâmico (EI) coloca explosivos nas casas, com seus habitantes dentro, e bloqueia as portas para evitar que fujam da cidade de Mossul. “Atualmente, a fome mata mais gente que os bombardeios e combates”, afirma Hossameddine al Abbar, membro do conselho provincial de Nínive, a província cuja capital é Mossul.

    “Atrás das paredes das casas, há quartos inteiros, sótãos cheios de gente muito aterrorizada para fugir. E agora morrem de fome”, descreve por telefone à AFP Abu Imad, um ex-funcionário de restaurante que vive no bairro de Zinjili com sua esposa e seus quatro filhos. “Conheço pessoas que começaram a comer plantas e que fervem papel (para comê-lo depois)”, confessa. “A este passo, as pessoas comerão em pouco tempo os cachorros e os gatos”, conclui.

    Dom Auza na ONU: combater violência contra mulheres nos conflitos

    O Observador Permanente da Santa Sé na ONU, em Nova Iorque, Dom Bernardito Auza, fez um apelo em prol do combate à violência sexual nos conflitos, durante seu pronunciamento no Conselho de Segurança das Nações Unidas,  (15/05/2017).

    O arcebispo filipino, no debate público sobre o tema “Mulheres, paz e segurança”, pediu aos Estados e à comunidade internacional para que seja dada prioridade a essa questão. “O sofrimento incalculável de várias mulheres que ainda hoje continuam sendo vítimas dessa crueldade deve nos impelir a agir”, disse o prelado.

    Com palavras fortes, Dom Auza fez referência ao último relatório apresentado pelo Secretário-Geral da ONU sobre a violência sexual nos conflitos, recordando que nessa expressão estão incluídos sequestros e tráfico de pessoas, escravidão sexual, prostituição, aborto, esterilização e casamentos forçados. Nesse contexto “terrível e criminoso”, o representante da Santa Sé chamou a atenção para o uso da violência sexual como “tática de terrorismo”.

    “Os motivos por trás desse crime perverso, citados no relatório, são uma ladainha do mal: incentivar o recrutamento de terroristas, aterrorizar e dispersar as populações, forçar conversões através de casamentos, suprimir os direitos fundamentais das mulheres, tirar proveito do tráfico sexual, extorquir dinheiro das famílias desesperadas, oferecer mulheres e garotas como vítimas de guerra para compensar os combatentes, que podem ser vendidas ou exploradas por eles como quiserem, e usar mulheres e garotas como escudos humanos e camicases”.

    “Não são necessárias outras provas para documentar que mulheres e garotas são especificamente orientadas como tática para criar medo, aniquilar sua vontade e obter dinheiro para a máquina terrorista.”

    “Em resposta a essa cultura da violência, o mundo, especialmente as mulheres e garotas cuja dignidade é violada ferozmente, olham ao Conselho de Segurança com esperança e aguardam uma ação”. “Que elas não esperem em vão”, concluiu Dom Auza.

    Essa nossa era, requer de todos nós uma profunda conversão, um renascer no abissal interior do nosso ser em afeto, hipotalássicas mudanças… Nada muda, se a gente não mudar!

    Frei Inácio José do Vale

    Psicanalista Clínico
    Professor e Conferencista
    Sociólogo em Ciência da Religião
    Formador do Instituto dos Irmãozinhos de Charles de Foucauld
    E-mail: pe.inacio.jose@gmail.com
    Fontes:
    https://pt.aleteia.org/2017/05/11/estado-islamico-faz-de-habitantes-de-mossul-refens-em-suas-proprias-casas/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=daily_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt
    http://br.radiovaticana.va/news/2017/05/16/dom_auza_na_onu_combater_viol%C3%AAncia_contra_mulheres_nos_con/1312703

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