Nossa Senhora da Alegria.

    “Bendita sois entre as mulheres”, assim rezamos a cada Ave-Maria, invocando a Virgem Maria como a excelsa criatura de Deus: superior em perfeição e graça entre todos os viventes. Em razão de sua maternidade divina, Deus a cumulou de graças infinitas e por estar intimamente ligada a seu filho Jesus, deu-lhe a graça de não conhecer a morte (pois, aquela que não tem pecado não pode morrer).
    Ora, se Deus Onipotente a preservou do pecado original e de todos os outros pecados, desde o início de sua existência, o que não faria a Ela no final de sua carreira terrestre: “O Senhor fez em mim maravilhas”.
    A Virgem Maria não terminou sua vida terrestre como todos os seres humanos, ou seja, a morte. Por graça de Deus, Nossa Senhora no final de sua vida “como coroação suprema dos seus privilégios, obteve a graça de ser preservada da corrupção do sepulcro e, vencendo a morte, como já o seu Filho, de ser elevada de corpo e alma à glória do céu, onde resplandece como Rainha à direita de seu Filho, Rei imortal dos séculos” (Munificentissimus Deus)”
    “Por conseguinte, este é o núcleo da nossa fé na Assunção: nós acreditamos que Maria, como Cristo seu Filho, já venceu a morte e já triunfa na glória celeste, na totalidade do seu ser, “de corpo e alma”.” (Bento XVI, homilia na Solenidade da Assunção, 2010).
    O mistério da Assunção de Nossa Senhora está incorporado na oração do Santo Rosário, faz parte dos mistérios gloriosos, já que Deus a elevou aos Céus e a tornou Senhor do Céu e da Terra, bem como de todas as criaturas.
    “A liturgia da Solenidade da Assunção, portanto, nos recorda que o homem foi posto na terra entre o bem e o mal, entre a graça e o pecado. A vitória da luz e da graça é o resultado de uma luta. Assim acontece na vida do homem; assim acontece na vida de cada um de nós; assim se verifica também na história escrita dos povos, das nações e da humanidade inteira. Precisamente por isto, então, a Assunta é um sinal profundamente eloquente. Um verdadeiro sinal, que enquanto indica o reino de Deus, o qual se realiza totalmente na eternidade, não cessa de mostrar os caminhos que conduzem a esta vida eterna. Sobre todas estas estradas todo homem pode encontrar Maria. Na verdade, Ela mesma vem a cada um de nós, como foi à casa de Zacarias para visitar Isabel.” (São João Paulo II, homilia na Solenidade da Assunção, 1990)
    A Mãe de Deus resplandece nas sumas alturas e assim foi levada pelo poder do Criador, para que no Céu, ao lado de Jesus, possa interceder por nossos pedidos junto do Trono de Deus, a fim de distribuir as graças obtidas aos filhos diletos de Nosso Senhor. Devemos olhar com fervor à Virgem Santíssima e pedir a Ela tudo aquilo que necessitamos, pois Deus não negará nenhum pedido de sua mais perfeita serva: o exemplo da oração viva, da caridade materna e da fé abrasadora.
    Neste domingo da páscoa, em que Cristo venceu a morte e ressuscitou verdadeiramente nós caminhamos com Maria, a Virgem da Alegria. Procuremos pedir o auxílio da Santa Virgem Maria, Nossa Senhora da Alegria, que hoje invocamos com o título de Assunta ao Céu, para que por meio dela, e estando ligados aos méritos de Jesus, cheguemos na morada celestial.