Nós cremos no amor!

    Celebramos a Solenidade da Santíssima Trindade: um só Deus em três pessoas. Isso significa que Deus é comunidade, o que é realmente fantástico: Deus se faz comum-unidade de amor, sendo solidário com o homem e a mulher.
    Deus, Uno e trino, comum unidade de amor transborda de si mesmo, criando, salvando e santificando, da qual a Igreja Santa, Católica e Apostólica é a imagem genuína desta comunhão que brota de Deus e a Ele conduz.
    A Igreja, na sua sagrada liturgia, sempre é Trindade. Lembremos, que em todas as missas, a saudação inicial, depois do Sinal da Cruz, ou seja, em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, nos apresenta o que nos diz 2Cor 13,11-13: “A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco!”. Sim nesta saudação paulina estão os três atributos da Santíssima Trindade. O PAI é aquele que mandou o seu filho Jesus ao mundo, por amor, para salvar a humanidade pecadora, desobediente desde Adão e Eva. O FILHO é quem realiza a grande obra de salvação, de redenção, com a sua vinda ao mundo, com a sua pregação salvadora, com o anúncio do Reino de Deus, com a instituição do mandamento novo, com a pregação da reconciliação e do recomeço, com a sua paixão, morte e ressurreição. O ESPÍRITO SANTO é a unidade que une o Pai com o Filho, que é infundido em todos os que são batizados.
    Lembramos, nesta solenidade, o dia do nosso batismo, em que o Padre disse, junto de  nossos queridos pais e padrinhos: “Eu te batizo em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo!”. E fazendo parte desta comunidade de amor, trinitária, fomos lavados de nosso pecado original e nos tornamos herdeiros da vida divina.
    O mundo de hoje, violento, corrupto, dividido, agressivo, individualista, que mata a esperança, e prega o “carpe diem” precisa aprender muito com a comunidade perfeita de amor que é a Santíssima Trindade. O Evangelho deste domingo(Jo 3,16-18), pequenino, mais profundo, dá o tom de como deve ser o comportamento do batizado: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem nele crê, não é condenado, mas quem não crê, já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito”.
    Ao Pai, pelo Filho, no Espírito, com confiança e na união de toda a Igreja nos ensine a ser comunhão e construtor da paz. Deus amou tanto o mundo que deu o seu Filho não para condenar, mas para acolher, para recomeçar, para santificar, para amar particularmente os pecadores, os pobres, os que vivem em situação de dor e de angústia. Com o prefácio desta missa, façamos nossa oração pública de adesão as pessoas da Santíssima Trindade: “Tudo o que revelastes e nós cremos a respeito de vossa glória atribuímos igualmente ao Filho e ao Espírito Santo. E, proclamando que sois o Deus eterno e verdadeiro, adoramos cada uma das pessoas, na mesma natureza e igual majestade”. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio agora e para sempre, amém! Nós cremos no amor!