No Haiti, representantes do Brasil participam de Encontro da Pastoral Afro

Lideranças de diversas partes do mundo reuniram-se em Camp-Perrin, região Haitiana, com a proposta de renovar o compromisso da Pastoral Afro-americana e Caribenha. O 13º Encontro da Pastoral Afro-americana e Caribenha aconteceu no período de 19 a 27 de julho, com o tema “O Povo Afro-americano e Caribenho como protagonista de sua história e desenvolvimento humano integral”.

O evento foi realizado pelo Secretariado de Pastoral da Afro-amaricana e Caribenha (SEPAC), da Conferência Episcopal do Haiti e pela Comissão Episcopal para a Cultura e Inculturação do Haiti (Ceci).

Em mensagem aos participantes, o papa Francisco recordou que no Documento de Aparecida, “a Igreja defende os valores culturais de todos os povos e, seguindo Jesus, encoraja cada um a viver o verdadeiro amor a Deus e ao próximo em um diálogo fraterno e respeitoso”. Na oportunidade, citou a Encíclica Laudato Si e convidou a todos para “construir juntos um futuro de justiça, de fraternidade com toda a criação e de alegria”.

Diálogo entre culturas

O Brasil foi representado por sete membros da Pastoral Afro-brasileira, entre eles: o bispo de Vitória da Conquista (BA) e referencial da Pastoral Afro-brasileira, dom Zanoni Demettino de Castro, e o assessor nacional, padre Jurandyr Azevedo Araújo.

Na carta conclusiva do encontro, os participantes indicaram ações pastorais que possam ajudar o povo Afro-americano e Caribenho a viver o projeto do Reino de Deus. No texto, recordaram que somente a “ cidadania e democracia plena, estabelece relações de respeito e igualdade entre os homens e as mulheres”, além de propor o “diálogo com outras culturas e religiões, numa relação de igual a igual”.

Os líderes da Pastoral Afro alegam ser necessário manter a esperança e a vida do povo Afrodescendente, promovendo um diálogo permanente entre fé e cultura. Para que isso aconteça, pedem que sejam implantado um “modelo de produção com identidade cultural e consciência étnica, no qual se valoriza as práticas organizativas tradicionais, se promova as questões de gênero e se fortaleça a etno-educação”.

Fonte: CNBB