Os perigos da globalização: reflexão sobre a mensagem do Papa para o Dia Mundial das Missões, que será comemorado no próximo dia 20 de outubro
Em sua mensagem para o Dia Mundial das Missões 2013, o Papa Francisco disse que, em nossa época, tanto a mobilidade geral como a facilidade de aproximação por meio das novas mídias “misturaram entre si os povos, os conhecimentos e as experiências”. Mas esta globalização também tem seus perigos.
Para o Papa, um dos perigos consiste em que, “em áreas sempre mais amplas das regiões tradicionalmente cristãs, cresce o número daqueles que vivem alheios à fé, indiferentes à dimensão religiosa ou animados por outras crenças”, o que leva a que “alguns batizados façam opções de vida que os afastam da fé, tornando-os assim carentes de uma ‘nova evangelização'”.
Um segundo desafio vem do fato de que, apesar de a globalização ser uma das principais características da sociedade atual, “grande parte da humanidade ainda não foi atingida pela Boa Nova de Jesus Cristo”.
Em terceiro lugar, temos a crise “que atinge vários setores da existência, e não apenas os da economia, das finanças, da segurança alimentar, do meio ambiente, mas também os do sentido profundo da vida e dos valores fundamentais que a animam”.
Em quarto lugar, encontra-se a convivência humana, que “está marcada por tensões e conflitos, que provocam insegurança e dificultam o caminho para uma paz estável”, o que torna mais urgente que nunca “levar corajosamente a todas as realidades o Evangelho de Cristo, que é anúncio de esperança, de reconciliação, de comunhão, anúncio da proximidade de Deus, da sua misericórdia, da sua salvação, anúncio de que a força de amor de Deus é capaz de vencer as trevas do mal e guiar pelo caminho do bem”.
Finalmente, em quinto lugar, encontram-se “as pessoas, famílias e comunidades que sofrem violência e intolerância”, entre elas “os cristãos que, em várias partes do mundo, encontram dificuldade em professar abertamente a própria fé e ver reconhecido o direito a vivê-la dignamente”.
Diante de todos estes desafios, o Papa alerta toda a Igreja, que “não é uma organização assistencial, uma empresa, uma ONG”. Sua missionalidade “não é proselitismo, mas testemunho de vida que ilumina o caminho, que traz esperança e amor” a toda a humanidade, pois, como sugere o slogan do Dia Mundial das Missões deste ano, “Fé + amor = missão”.
Local: São Paulo (SP)
Fonte: ALETEIA