Ameaçada por um câncer no cérebro, ela escolheu um tratamento experimental para não prejudicar seu bebê
Assim que acordou, foi transferida para um hospital em Roma, onde, após uma biópsia, seus piores temores foram confirmados: ela tinha câncer. Sua história foi relatada por Nicola Nicoletti na revista italiana Credere, compartilhada no site Famiglia Cristiana.
“O diagnóstico foi terrível: um tumor cerebral maligno”, disse Angela. “Pensei na minha própria vida, mas também na menininha de três meses que morava dentro de mim. Em apenas alguns segundos, as imagens da minha história de vida brilharam diante dos meus olhos como um filme. Eu disse aos médicos que não queria abortar. Eu queria que minha filha – um grande dom – nascesse a qualquer custo.”
Tendo descartado a possibilidade de fazer um aborto, Angela acabou em uma situação difícil. “Eu precisava de conselhos, algo em que me apoiar, então me dirigi ao Dr. Salvatore Ronsini, meu ginecologista”, disse ela ao repórter.
Peregrinos em Lourdes
Um grupo de peregrinos da região de Angela na Itália estava em Lourdes durante aqueles dias e ouviu falar da dramática situação da mulher. Eles rezaram intensamente por ela no local das aparições da Virgem a Santa Bernadette, na gruta de Massabielle.
Entre os peregrinos estava um dos vizinhos de Angela, que também era colega de um médico, Dr. Pantaleo Romanelli, que talvez pudesse ajudar Angela com um tratamento para seu tumor que não prejudicasse seu bebê ainda não nascido.
Um tratamento inovador que protegeria o bebê
Acontece que, dentre os possíveis tratamentos oferecidos a Angela, estava a possibilidade de se submeter a um tratamento de ponta com o CyberKnife, um instrumento desenvolvido para radioterapia que permite agir sobre a área do tumor com grande precisão. Providencialmente, o vizinho de Angela conhecia Romanelli, o neurocirurgião italiano que estava usando exatamente essa técnica nos Estados Unidos.
A Divina Providência abriu uma janela de esperança para Angela. “Eu pensei que essa poderia ser a solução, salvar o bebê e salvar minha própria vida também”, disse ela.
Atrasos burocráticos e indo para a Grécia
Infelizmente, o processo burocrático não estava indo tão rápido quanto a situação exigia. O tempo necessário para organizar os papéis para realizar essa intervenção médica no exterior, uma vez que o tratamento não estava disponível na Itália, estava demorando uma eternidade, enquanto o tumor continuava a crescer sem controle.
“No final, com o professor Romanelli, decidimos realizar a operação na Grécia. Voamos para Atenas o mais rápido possível para usar o CyberKnife, evitando danos ao feto ”, explicou ela a Nicoletti.
Mãe e filha são salvas
A operação, que ocorreu durante o quinto mês de gravidez, conseguiu salvar a vida da mãe e da filha que ela carregava no ventre. A batalha ainda não havia terminado, e depois que Francesca Pia nasceu, Angela teve que começar a quimioterapia.
“Fui salva graças à fé”
Em toda essa difícil trajetória, Angela sempre se voltava para sua fé. Nisso, ela foi apoiada pela orientação espiritual de um padre, Luigi Maria Marone.
“A oração me ajudou bastante nesse período difícil. Fui salva graças à fé. O padre pediu que eu desse meu véu de noiva à Virgem Imaculada”, disse ela.
Francesca Pia em homenagem ao Santo Padre e a São Padre Pio
O tratamento de Angela terminou cinco anos atrás e agora ela faz exames regulares para garantir que tudo está indo bem. Sua filha tem 5 anos, cabelos ruivos e um grande amor pela dança. A luta pela vida tornou o vínculo mãe-filha ainda mais forte. Por que a chamaram de Francesca Pia?
“Uma noite eu estava mal e me vi diante de uma imagem do santo de Pietrelcina. Prometi a ele que nomearia minha filha assim. Agora, tenho um desejo: quero contar a história ao Papa Francisco – afinal, o bebê tem o mesmo nome que ele!”
Na batalha contra a doença, Angela nunca perdeu a fé, mas cultivou esperança, confiança e humildade. Em sua fraqueza, o poder de Deus se manifestou!